A transformação digital no setor financeiro veio para ficar. Será que o seu negócio está acompanhando-a ou ficando para trás? Descubra neste post
A empresa de consultoria McKinsey lança anualmente um relatório sobre transformação digital no Brasil. A versão mais recente da pesquisa, que contempla dados de 2018 e 2019, trouxe um dado interessante: dentre os segmentos analisados, o setor financeiro é o que possui maior maturidade digital.
Dentro da pesquisa, esse setor engloba diversos negócios de operações financeiras, como bancos, seguradoras e empresas de meios de pagamento. Além do destaque nacional, o segmento também é o mais bem posicionado no mundo. Um dado que dimensiona essa posição foi apontado por outro relatório, confeccionado pela Accenture: nos últimos 3 anos, instituições financeiras investiram US$ 1 trilhão em transformação digital.
A conclusão de ambas as pesquisas foi que a maturidade digital definitivamente é um fator chave para separar as empresas entre as que irão deslanchar e as que ficarão para trás. Não à toa, muitas organizações financeiras já estão se preparando para 2020. As tendências de aderência ao Big Data, computação cognitiva e inteligência artificial não deixam mentir.
A questão que fica é: será que o seu negócio de operação financeira está preparado para o futuro?
Analisando a maturidade digital dos negócios de operação financeira
Antes de começar, vamos esclarecer um ponto: a maturidade digital é o termômetro responsável por medir o quanto uma organização está abraçando a transformação digital. Sem maturidade digital, não há preparo para a inovação.
Portanto, para descobrir se o seu negócio está preparado para os avanços tecnológicos de 2020 e dos próximos anos, é preciso identificar onde ele se encontra em termos de maturidade digital.
Para realizar essa mensuração, pesquisadores costumam avaliar as empresas a partir de quatro perspectivas:
1. Estratégia
Instituições líderes no setor tendem a mudar sua estratégia corporativa e investir mais na digitalização. Para saber onde você está nesse quesito, responder algumas perguntas são fundamentais:
- A sua empresa tem consciência da mudança? Antes de aderir ao digital, é preciso ajustar o mindset;
- Você tem aspirações ambiciosas e de longo prazo vinculadas às estratégias do negócio? E se sim, já começou a desenhar (ou já tem um desenho) de um roadmap específico para alcançar tudo isso?;
- Você conduz o seu negócio pensando na centralidade do cliente? Lembre-se que a sua interface deve se comunicar com a do consumidor, o digital é um facilitador disso.
2. Capacidade
A estratégia é importante, mas não basta. Os negócios de operação financeira precisam ter e desenvolver infra estruturas que sustentam a migração para o digital, como um banco de dados estratégico, ferramentas e plataformas que ajudem a gerar insights e aumentem a produtividade, e técnicas para engajar clientes e parceiros.
Nesse sentido, para analisar qual o seu desempenho responda:
- Você tem conhecimento da jornada do consumidor e desenha soluções pensando nela? (Um exemplo de instituição que faz isso muito bem é o Itaú e o Nubank, por exemplo);
- Você utiliza Data Science e Analytics para conhecer melhor o seu negócio e melhorar a experiência do cliente?
- Sua empresa já faz uso do Marketing Digital?
- Hoje, você já possui um modelos de negócios que se sustenta através do uso de plataformas tecnológicas?
3. Organização
O terceiro pilar crítico da transformação é a organização, no qual especialistas avaliam se a estrutura de digital e Analytics da instituição estimula a colaboração eficaz entre unidades de negócio.
- Considerando que no seu negócio de operação financeira você já utiliza soluções digitais, elas são aplicadas em todas as áreas da empresa?
- Existem KPIs claros para analisar a performance da operação? Eles são monitorados contínua e sistematicamente?
- Você observa que há colaboração entre tecnologia e negócio?
- Há governança de dados na empresa?
4. Cultura
Por fim, não se pode esquecer da cultura, pilar fundamental para gerar valor na transformação digital. De acordo com executivos da área financeira, esse é o fator mais desafiante na implantação de iniciativas digitais.
Aqui, 6 elementos devem ser avaliados:
- Agilidade: ritmo acelerado no processo decisório e na execução das principais atividades digitais;
- Teste e aprendizado: existência de processos e sistemas para realizar iniciativas digitais, testes A/B etc.;
- Experimentação: mentalidade aberta à exposição de riscos, mas de maneira controlada que não prejudique o negócio;
- Colaboração interna: times comprometidos que colaboram entre si no desenvolvimento, implementação e monitoramento de soluções digitais e de Analytics;
- Orientação externa: compreensão do mercado, flexibilidade de ajustamento, busca por soluções e parcerias externas que ajudem a capacitar o time ainda mais em digital;
- Mentalidade data-driven: cultura rigorosamente direcionada a dados, especialmente em áreas estratégicas do negócio.
Você enxerga o seu negócio de operação financeira nesses ítens?
Se a sua resposta foi positiva para a maior parte das questões, isso é um bom sinal!
Estar preparado para os avanços tecnológicos que o setor financeiro experienciará em 2020 e nos próximos anos vai muito além de já estar adotando (ou não) soluções de inteligência no negócio. Afinal, apenas implementar tais soluções e não ajustá-las às estratégias empresariais e às necessidades dos consumidores é gastar tempo e dinheiro.
Se a maior parte das suas respostas para as questões anteriores foi positiva, parabéns! O seu negócio de operação financeira está no caminho certo. Mas caso contrário, não desista. A maturidade digital é um processo que leva tempo.
Só não tente dar um passo maior do que a perna. Comece aos poucos. Por exemplo, de nada adianta desenvolver aplicativos mobile que facilitem as transações dos clientes se internamente você ainda não utiliza plataformas e recursos que centralizam as informações e tornam a rotina da sua equipe mais eficiente.
Big Data, Inteligência Artificial, IoT, Machine Learning e outras tecnologias são importantes e definitivamente estarão cada vez mais presentes no setor financeiro. Porém, é preciso primeiro pavimentar as ruas pelas quais essas ferramentas irão percorrer.
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