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Extreme programming: como essa metodologia ágil funciona?

10 de Janeiro de 2022

por Marketing

Tempo de leitura: 8 min.

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Saiba como é a mecânica, os valores e princípios do XP, uma das metodologias ágeis mais populares na busca pela eficácia nos projetos de softwares

Há mais de 3 décadas, as metodologias ágeis dominaram o mercado de tecnologia por terem como princípio a adaptabilidade às mudanças, promovendo assim a  aceleração do ritmo dos processos de desenvolvimento de software, por meio da auto-organização, comunicação constante, do foco no cliente, de uma maior interação entre a equipe e da entrega de valor. 

Juntamente com o Scrum e o Kanban, o Extreme programming (XP) foi uma das primeiras metodologias ágeis amplamente utilizadas no desenvolvimento de software e, devido a sua eficácia nos projetos e eficiência dentro das equipes, ainda continua bastante popular na atualidade. 

De acordo com The Art of Agile Development, uma equipe XP, usando fases simultâneas, produz software implantável todas as semanas. Isto é, em cada iteração, a equipe analisa, projeta, codifica, testa e implementa um subconjunto de recursos.

Segundo os autores, o XP prescreve práticas de desenvolvimento específicas destinadas a melhorar a colaboração com os usuários, planejamento, desenvolvimento e teste. Mas o XP vai além disso, usando essas práticas para ajudar a equipe a construir designs de software simples e flexíveis que são fáceis de manter e estender pela equipe.

Ficou interessado em saber mais como essa metodologia ágil funciona?

Neste artigo, vamos abordar a história do Extreme programming, a relação desta metodologia com o método Scrum, quais as práticas do Extreme programming e quando usar o XP.

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História do Extreme programming

Idealizado na década de 90 pelo engenheiro de software Kent Beck, o Extreme programming surge com a necessidade de mudanças no desenvolvimento de softwares, que antes tinham um ciclo de vida muito mais longo.

Com o avanço da internet e a necessidade cada vez maior de velocidade no meio, o XP  leva as práticas ágeis a níveis extremos, a fim de responder às solicitações dos usuários de forma cada vez mais rápida e eficiente.

A partir de uma forma de trabalho com regras simples, o XP opera de forma muito eficaz, visando melhorias de qualidade e alto nível de adaptabilidade, tornando líderes de TI, desenvolvedores e clientes parceiros no desenvolvimento de software, formando uma equipe altamente produtiva.

Além disso, o método Extreme programming acredita que o cliente seja peça fundamental na construção do software, afinal ele é o maior interessado em que o produto seja desejado pelos usuários e com isso torna-se a pessoa mais apta para avaliar o produto.

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São valores da metodologia XP que se consolidaram ao longo de sua história:

  • Comunicação: o Extreme Programming propõe conversas presenciais e diretas entre as partes, para que as equipes de tecnologia possam compreender o que o cliente necessita e para que o próprio cliente tenha ciência das possibilidades, estrutura e objetivos do software.
  • Simplicidade: as práticas XP procuram priorizar o que é absolutamente necessário para o projeto, a fim de evitar desperdícios, reduzir custos e otimizar tempo. Além de manter o design e as funcionalidades alinhadas às boas experiências do usuário.
  • Feedback: os retornos e comentários são constantes no Extreme Programming, para que os ciclos sejam curtos durante os processos de desenvolvimento, a fim de garantir ajustes rápidos e mais precisos.
  • Coragem: no Extreme Programming os profissionais devem estar abertos a mudanças, encarar as falhas com naturalidade, aceitar os feedbacks, propor melhorias e saber dizer não quando necessário. Em seu livro Extreme Programming Explained, o autor Kent Beck define coragem como “ação eficaz em face do medo”.
  • Respeito: o trabalho em equipe é uma das premissas do XP e, para isso, é preciso que os profissionais se respeitem, aceitem sugestões dos colegas, líderes e demais envolvidos no processo, colaborem entre si e prezem por um bom relacionamento.

Saiba mais: 14 razões para começar agora sua transformação ágil

Relação do XP com Scrum

De acordo com o livro Learning Agile, muitas equipes ágeis consideram a adoção de metodologias - especialmente Scrum e XP - mais eficaz quando compartilhadas do que simplesmente adotar práticas individuais

No entanto, para fazer isso, os profissionais precisam estar alinhados com valores e princípios ágeis das metodologias, isto é, ter um mindset de mudança de atitude voltada para colaboração e interações no trabalho e resposta às mudanças

XP e Scrum apresentam diversas semelhanças, como a ênfase em trabalho em equipe, comunicação assertiva entre o time, simplicidade na forma de fazer, melhorias contínuas, entre outras. 

Além disso, assim como no Scrum, o principal objetivo do XP é fazer ciclos de entregas rápidos, contínuos e incrementais, para atingir os resultados esperados pelo cliente.

No entanto, no Extreme programming isso é feito com base em práticas e etapas predefinidas para que o processo tenha a máxima eficácia. O software é desenvolvido em ciclos semanais, com reuniões periódicas entre cliente e equipe de desenvolvimento.

Outra diferença entre essas duas metodologias é que enquanto o Extreme Programming está muito mais focado e apropriado para as peculiaridades da área de software, o Scrum pode ser aplicado em qualquer setor.  

Leia também: 9 desafios comuns na adoção de metodologias ágeis

Quando usar as práticas do XP

Muitas empresas utilizam o framework XP para acelerar seus processos de desenvolvimento de software. No entanto, a prática é bastante indicada para as organizações quando:

  • A equipe de tecnologia é pequena, não superior a 12 pessoas.
  • O gestor prevê riscos causados por projetos de tempo fixo, com a utilização de novas tecnologias.
  • Há projetos de pesquisa que prevêem mudanças constantes.
  • A tecnologia que os desenvolvedores estão utilizando permite testes automatizados de unidades e funcionalidades.
  • Há alteração dinâmica dos requisitos do software e mudanças no escopo do projeto.

Veja: Como a lei de Conway afeta o desenvolvimento de softwares?

Práticas do Extreme programming

Além da flexibilidade para mudanças, também são práticas organizacionais do XP:

Equipe homogênea

Sem uma divisão entre área de negócio e área de TI, o XP propõe uma única unidade colaborativa, chamada equipe Scrum, que agrupa conhecimento de negócio e conhecimento técnico.

Jogos de planejamento

O planejamento no Extreme programming é interativo, com vários debates e simulações. Diferentemente do método tradicional de desenvolvimento que se documenta para depois planejar, no XP primeiro se gasta um bom tempo planejando para depois documentar.

Entregas curtas

Pequenas versões ou incrementos do projeto são permitidas e incentivadas, auxiliando no processo de aceitação do cliente, possibilitando que o feedback dele seja feito em intervalos menores, minimizando os riscos e aumentando as chances de um produto adequado.

Teste do usuário

Os testes são considerados fundamentais para o software ser entregue com mais assertividade. A partir dos testes realizados com o cliente, a equipe de desenvolvimento constrói ferramentas para automatização, de modo que a cada iteração rode perfeitamente.

Confira: Consultoria de desenvolvimento de software: veja as 4 principais

Aprofunde-se no método ágil XP

Como vimos, o Extreme programming é uma metodologia ágil extremamente relevante para equipes que desenvolvem softwares baseados em requisitos vagos e que se modificam rapidamente.

A ideia é que, ao invés de entregar tudo o que o cliente quer em uma determinada data, esse método possibilita a entrega do projeto em etapas, com sistemas que sejam de melhor qualidade para determinado período de tempo, além da redução de custos e comunicação sempre alinhada entre as pessoas envolvidas no projeto.

Focado em fazer com que os profissionais aceitem e realmente acreditem nas mudanças, o XP enfatiza o trabalho em equipe e implementa um modelo de trabalho simples, porém efetivo, que viabiliza times de alta performance.

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