Conheça as melhores práticas para alinhar profissionais de TI aos objetivos do negócio sem microgerenciamento para que alcancem resultados mais efetivos
Não é novidade para ninguém que atua no universo da tecnologia que talentos da área de TI se incomodam com o microgerenciamento. Isso acontece porque a maioria dos profissionais adota metodologias e frameworks ágeis, seguindo princípios de auto-organização e autonomia. Características que podem ser desafiadoras para algumas liderança de TI.
O fato é que ao se sentirem gerenciados de perto, com o líder monitorando a produtividade, a qualidade e o desempenho do trabalho, o talento em TI costuma deixar o emprego e ir para uma organização mais alinhada à sua cultura. Afinal, para a maioria dos profissionais de TI, a natureza opressiva do microgerenciamento não combina com seus hábitos e filosofias de trabalho.
De acordo com The Dice 2021 Technologist Sentiment Report, 36% dos entrevistados classificaram seu esgotamento em quatro ou cinco, em uma escala de cinco pontos. E 48% relataram que provavelmente mudarão de empregador.
É papel do líder de TI manter a equipe altamente motivada e produtiva para alcançar resultados mais efetivos. Mas, como gerenciar profissionais de TI sem microgerenciamento?
Neste post, vamos abordar como o microgerenciamento afeta a sua empresa e as 5 boas práticas para evitar o microgerenciamento de profissionais de TI.
Como o microgerenciamento afeta a sua empresa
A maioria das equipes de TI trabalham com o Scrum e discutem seu desempenho no final de cada sprint, que acontece semanalmente. Dessa forma, ter alguém observando de perto o trabalho, com pouco grau de delegação e muita cobrança, como acontece em uma liderança microgerenciadora, pode parecer irrelevante para os profissionais de tecnologia.
O microgerenciamento costuma gerar impactos negativos, não só para as equipes de TI, que sentem-se sobrecarregadas, como para a imagem do gestor e, principalmente para a empresa, que acaba sofrendo com a alta rotatividade e a baixa retenção, que nessa área é um problema sério, dada a dificuldade de contratar desenvolvedores, por exemplo.
Entre os 3 efeitos colaterais indesejados do microgerenciamento, além do turnover de TI, podemos destacar:
1. Perda da visão macro do negócio
Quando um microgestor ocupa parte do seu tempo controlando as operações, falta tempo para focar no core business e nas atividades mais estratégicas da gestão, como planejamento, análises dos resultados e alinhamentos.
2. Limitação do desenvolvimento dos profissionais
A liberdade para cometer falhas faz parte do processo de desenvolvimento do profissional. Além disso, para inovar, algo bastante valorizado na TI, é preciso que haja espaço para tentativa e erro. Isso só é possível com um ambiente confortável para experimentação.
3. Enfraquecimento da relação de confiança
O microgerenciamento abala diretamente a relação de confiança que precisa existir entre líder e liderado para o trabalho fluir e apresentar bons resultados. O gestor precisa confiar que o profissional vai desempenhar bem o seu trabalho e dar a ele autonomia para isso.
Microgerenciamento no home office
Os malefícios que o microgerenciamento em TI pode gerar no home office são os mesmos causados no modo presencial, porém agravados pelo distanciamento físico da equipe.
Entre os principais problemas que o líder pode enfrentar com essa gestão controladora com profissionais de TI trabalhando remotamente, são:
- Insegurança: Por estarem acostumados com a presença do líder os gerenciando, quando migram para o trabalho remoto, os profissionais sentem-se desamparados e sem direção. Além disso, perdem a segurança de tomar pequenas decisões para não desagradar o líder. E, como no home office, geralmente é usada a comunicação assíncrona, muito tempo é perdido esperando o gestor aprovar as demandas.
- Desgaste: Lideranças de TI que praticam o microgerenciamento geralmente não são tolerantes a erros, fazendo com que haja muita pressão em cima dos profissionais. Isso costuma gerar desgaste em ambas as partes e a longo prazo pode gerar problemas de saúde mental, tanto para o líder quanto para o liderado. Além disso, a prática pode ser tão desgastante que aumenta o risco de turnover.
- Desconfiança: A confiança é a base de uma cultura de home office bem sucedida. Por isso, quando há microgerenciamento por parte do gestor de TI é difícil manter a produtividade e a motivação no trabalho remoto. Afinal, o líder acredita que deve controlar cada passo do profissional e, fazer isso remotamente fica mais difícil. O que acaba gerando desconfiança sobre o trabalho e como ele está sendo feito.
- Desconforto: Manter uma liderança microgerenciadora no trabalho remoto com o passar do tempo acaba gerando muito desconforto, principalmente no profissional de TI, que com o tempo vai se irritando com o líder. Esse desconforto impede a fluidez do trabalho e o bom desempenho. Inclusive, a inovação acaba diminuindo no home office por conta de estresse e falta de motivação.
Saiba mais: 7 soft skills que todo gestor de TI precisa desenvolver
5 boas práticas para evitar o microgerenciamento
A seguir, relacionamos 5 boas práticas que seguem princípios de Agile, Scrum, DevOps e o ciclo de vida de desenvolvimento de software, para evitar o microgerenciamento de TI.
1. Defina entregas para cada membro da equipe
Gerenciar e medir desempenho requer uma discussão constante entre líder e liderado. Por isso, defina quais as entregas de cada profissional do time e certifique-se que todos entenderam e estão de acordo com o proposto. Mesmo quando as métricas fornecem indicadores, geralmente é a comunicação assertiva e as ações de acompanhamento que levam a um melhor desempenho do profissional.
2. Cumpra os compromissos definidos pelo time
O Scrum é executado em uma base de cadências e cumprimento de compromissos, portanto, cumprir prazos é uma maneira de medir a disciplina e o alinhamento de uma equipe com os padrões. Não espere que as equipes cumpram perfeitamente os compromissos de cada sprint, dentro do cronograma, mas os líderes podem considerar um tempo a mais para incidentes no meio do caminho.
3. Capture a satisfação de cada um dos profissionais
Muitas vezes, o profissional está insatisfeito com a função que está desempenhando dentro do time ou com alguma situação que o está incomodando e, em ambos os casos, isso precisa ser rapidamente resolvido para não atrapalhar o desempenho de toda a equipe. Outras vezes, o profissional não está satisfeito com a empresa. E, também neste caso, cabe ao líder entender suas dores e encontrar a melhor maneira de ajudá-lo.
4. Faça feedbacks frequentes e diretos
Criar um ambiente aberto ao diálogo dentro do setor de TI, entre líder e liderado, em que há espaço não só para demonstração de resultados, mas também para conversas sobre comportamento, pontos positivos e pontos de melhoria é uma forma efetiva de evitar o microgerenciamento. Além disso, mostrar, com certa frequência, como o trabalho do profissional impacta diretamente nos negócios da empresa é importante para que ele se veja como parte fundamental de um objetivo maior.
5. Demonstre apoio ao profissional, além de esperar desempenho
Hoje, cada vez mais empresas reconhecem a importância de apoiar o aprendizado contínuo do profissional e promover ambientes seguros para experimentação. Embora as metas na área de tecnologia sejam importantes, os líderes de TI devem ajudar os liderados a desenvolverem suas habilidades e propor atividades alinhadas com seus objetivos de carreira, a fim de contar com profissionais mais motivados e engajados.
Leia também: Como conquistar equipes de TI autogerenciáveis?
Fuja do microgerenciamento e melhore seus resultados
Como vimos, o microgerenciamento de profissionais de TI por parte de um líder controlador, com uma cultura de gestão tradicional, pode levar o liderado ao esgotamento e desgaste, ocasionando baixa motivação, produtividade e inovação.
Em casos mais elevados, a liderança microgerenciadora pode provocar problemas de saúde e, em um determinado nível, fazer com que o profissional peça desligamento da empresa. O que não é raro acontecer no universo de TI, até pelo alto número de oportunidades disponíveis neste mercado.
Portanto, manter uma gestão alinhada aos princípios e valores do profissional pode fazer toda a diferença para a efetividade dos resultados em TI e o evitar todos os problemas causados por uma liderança conservadora, focada no controle.
Por isso, pensando em auxiliar organizações a fugirem do microgerenciamento e adotarem práticas ágeis de gestão, a Supero, empresa especialista em outsourcing de TI, desenvolveu um modelo próprio de liderança humanizada, com gestão compartilhada de TI e cultura de feedback, para que sua empresa conte com profissionais 100% focados nos objetivos do seu negócio.
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