Inovação

Logística 4.0: origens, pilares, impactos e desafios

27 de Outubro de 2021

por Marketing

Tempo de leitura: 8 min

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Veja de onde veio, quais os seus princípios e objetivos, e que desafios a logística 4.0 representa para o setor

Internet das coisas, big data analytics, nuvem e inteligência artificial são apenas algumas das tecnologias emergentes ou já bem consolidadas por trás de todas as mudanças, tanto em modelo de negócio quanto nas cadeias de produção, dentro da quarta revolução industrial. Só que ao modo da indústria, a transformação originada por esse giro tecnológico radical inevitavelmente afeta a logística, dando origem à chamada logística 4.0. 

Logística 4.0 é a criação de cadeias baseadas em um ecossistema interoperável, altamente visível e rastreável, por meio de tecnologias de informação

O tema é cada vez mais discutido no segmento. Primeiro em virtude de seu potencial transformador em termos de velocidade, magnitude e profundidade. Depois pelo seu impacto sobre a própria indústria 4.0, que pode se beneficiar de uma cadeia logística turbinada por essas tecnologias. 

Mas se conceito e potencial são claros, ainda faltam evidências sobre quais são as tecnologias-chave para o segmento e sobre como elas vão impactar de fato as cadeias de suprimentos.

O que tem se refletido no passo da adoção. De acordo com levantamento, 46% das empresas entrevistadas do setor têm intenção de adotar no máximo duas tecnologias emergentes, enquanto só 24% pretendem adotar de cinco a seis. Entre as mais visadas estão IoT, cloud e big data analytics. 

Isso demonstra a dúvida em relação à forma de uma logística 4.0. Neste artigo, vamos trazer a nossa contribuição ao debate, falando do escopo da revolução logística, das tecnologias previstas, dos impactos e dos desafios do setor para dar os primeiros passos nessa revolução.

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As transformações na logística: do 1.0 ao 4.0

As transformações logísticas acompanham o ritmo das revoluções industriais, com impacto similar

A logística 1.0 veio com a introdução da máquina a vapor, que substituiu os meios de transportes por tração animal. Já a logística 2.0 vem com a descoberta da energia elétrica, que permitiu a introdução da produção em massa. Com a criação de computadores e sistemas, na década de 1980, começa a logística 3.0, que permitiu a estandardização de uma gestão logística.

A logística 4.0, por consequência, vem na esteira da indústria 4.0, revolução que funde a tecnologia da informação com o chão de fábrica para dar rapidez, precisão e inteligência a máquinas, levando-a a um nível superior de desempenho.

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A influência da indústria 4.0 na logística

A indústria 4.0 é uma revolução em curso desde 2011, quando seu conceito veio à tona, na Hannover Messe, designando um conjunto de iniciativas do governo da Alemanha para incrementar a competitividade industrial do país.

No horizonte de uma indústria 4.0, vislumbravam-se então máquinas inteligentes, sistemas capazes de se comunicar de maneira automatizada e de oferecer recomendação para a tomada de decisão, numa verdadeira cooperação com humanos. Big data, RPA, internet das coisas e cloud seriam tecnologias que levariam isso.

Na base dessa visão estariam os princípios de:

  • interoperabilidade; 
  • virtualização;
  • tempo real;
  • descentralização;
  • modularidade; e
  • orientação a serviços.

Anos depois dessa primeira referência a uma quarta revolução industrial, o conceito se difundiu pelo mundo, tornando-se um norte de planos nacionais, como no caso alemão, e também dos grandes players do setor.

Tecnologias relacionadas à logística 4.0

Ter o bem certo, na quantidade e qualidade certas, no momento certo, no lugar certo, nas condições certas e com o preço certo: esses são os 7Rs da logística. Não é fácil alcançar a capacidade de se adaptar rápida e automaticamente a essas variáveis. Sobretudo, num cenário em que a crise se tornou o normal, diante de disrupções como a pandemia. 

Alcançar performance sem tecnologias da logística 4.0, então, é inviável. Coletar dados, analisá-los e transmitir as informações obtidas é fundamental para tomar decisões que, dinâmica e continuamente, levem a novas otimizações.

A base, portanto, dos objetivos da logística 4.0 é a tecnologia. Mas a commodity mais valiosa são os dados que as alimentam. Veremos mais presentes no segmento:

  • 5G
  • Geografic information systems (GIS)
  • Cloud e edge computing
  • IoT
  • RPA
  • Robótica
  • Hiperautomação
  • Blockchain
  • Realidade aumentada
  • Big data analytics
  • Inteligência artificial
  • Impressão 3D.

Impactos da logística 4.0 no setor

  • Visibilidade da cadeia de suprimentos
  • Rastreabilidade
  • Melhor uso da infraestrutura
  • Gestão em tempo real
  • Sincronização de oferta e demanda
  • Otimização de recursos e tempo
  • Segurança e integridade de dados 
  • Favorecimento a inovação, criação de novos serviços e modelos de negócio.

Principais desafios de implementação da logística 4.0

1. Dificuldade de compreender como a tecnologia gera valor para o negócio

A falta de cases e de benchmarking sobre aplicações reais de tecnologias da logística 4.0 limita a compreensão das várias formas pelas quais elas podem gerar valor para a organização. Por outro lado, não é raro que o afã em torno de certa tecnologia determina sua implementação, sem entendimento real sobre seus resultados.

Acompanhar as discussões sobre a tecnologia na área e fora dela, aprofundar-se em cases do mercado e fazer benchmarking com parceiros são maneiras de entender como uma solução pode ser aplicada.

Num segundo momento, desenvolver um mindset experimental, fazendo PoCs, é a melhor maneira de validar uma tecnologia em pequena escala e com baixo investimento.

2. Dificuldade de obter apoio da alta gestão

Quando a iniciativa vem das áreas de tecnologia, pode haver dificuldade de obter apoio da alta gestão, seja por questão cultural ou por custos. 

Preparar-se para defender a implementação de certa tecnologia, embasando-a com pesquisa de tendências, cases de sucesso já existentes no mercado e simulação de resultados esperados para o negócio ao longo do tempo fazem parte da estratégia para conquistar patrocinadores das áreas de negócio.

Veja: Migração para a cloud: como justificar o investimento?

3. Falta de estratégia de adoção

Assim como a indústria 4.0, a logística 4.0 não pode ser pensada como a aplicação de uma única tecnologia. A transformação é radical e abrangente. E no entanto, as empresas ainda têm receios que pensar em aplicações maciças das tecnologias.

Evidentemente, a revolução logística não se faz de uma vez. Porém, a empresa precisa ter um plano abarcante para direcionar os esforços. Do contrário, iniciativas serão esparsas e isoladas, o que pode afetar a capacidade de integração.

4. Custos

Tecnologias como blockchain, além do custo de implementação, manutenção e atualização da plataforma, têm custos altos por transação e interoperabilidade com outros sistemas.

Considerar, dentro de um amplo planejamento estratégico, os custos da implementação e escala de tecnologias evitará que os gastos saiam do controle.

5. Falta de recursos humanos

Setores cujo core não é tecnologia têm dificuldade de contratar em tecnologia ainda maior, dado o aquecimento do setor. O tempo de recrutamento, a capacidade de contratação dos talentos adequados e, em certos casos, remunerações pouco competitivas podem adiar projetos ou levá-los ao fracasso.

Nesse caso, contar com empresas que fornecem profissionais ou formam squads completas, como a Supero Tecnologia, é a melhor forma de evitar esses desafios.

6. Regulação

A logística 4.0 representa um grande desafio regulatório para o legislador. Tecnologias como cloud, por exemplo, podem fazer com que plataformas estejam alocadas fora da área de jurisdição das regulações ou taxas aplicadas no setor.

A falta de velocidade e flexibilidade da regulação nacional pode afetar a capacidade de aplicação dessas tecnologias.

7. Cibersegurança

A abrangência de sistemas interoperantes, assim como a amplitude de dispositivos IoT, aumenta sua vulnerabilidade a ciberameaças graves como ransomware.

Considerando que a indústria já é um dos alvos preferidos e a falta de cultura de cibersegurança nas organizações, temos um ambiente mais frágil em termos de segurança.

Logística: a caminho de seu momento 4.0

A logística, devido a sua posição estratégica entre indústria e consumidores, não poderia ficar isenta da uma transformação digital, assim como tampouco ficaram indústria e varejo.

O segmento, portanto, deverá usar a tecnologia para enfrentar problemas clássicos e novos, ligados às transformações no consumo.

Ainda consideravelmente distante da digitalização, no entanto, a transformação em logístia 4.0 deverá encontrar inúmeros desafios e dificuldades, desde a criação de estratégia e patrocínio da gestão, passando por custos, até a construção de equipes.

Nesse quesito, contar com o apoio de fornecedores que conectam a sua empresa a profissionais de TI ou uma fábrica de softwares que desenvolve soluções para você pode ser o caminho do sucesso. Ambas as soluções você encontra na Supero. Fale com um de nossos consultores para saber como podemos ajudar você.

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