Veja porque adotar modelos operacionais ágeis melhora a tomada de decisão ao manter o foco nas prioridades de negócios
À medida que a transformação digital avança, empresas de diferentes setores buscam evoluir seus processos de gestão e modelos de negócio, a fim de alinharem-se às atuais mudanças do mercado.
Diferentemente de anos atrás, em que o foco se mantinha na melhoria da eficiência e redução de custos, hoje as organizações estão atrás de modelos operacionais ágeis para responder de maneira eficiente as novas demandas da sociedade por produtos e serviços cada vez mais digitais.
De acordo com pesquisa da Mckinsey, uma transformação ágil altamente bem-sucedida se manifesta diretamente por medidas como maturidade do modelo operacional e desempenho em relação aos concorrentes.
No entanto, responder rapidamente às mudanças e capitalizar a promessa de digital, análise e novas formas de trabalho ainda é bastante desafiador para as empresas. Ainda mais para aquelas organizações que não utilizam todo o potencial de adotar modelos ágeis de trabalho.
A resistência em abraçar a revolução ágil em escala decorre do medo de comprometer a segurança, a qualidade técnica e a gestão dos riscos. É certo que as organizações devem ser cautelosas, mas não pensar em inovações profundas no modelo operacional é um erro.
A consequência dessa falta de visão por parte de executivos e líderes é o retardamento na tomada de decisões, dificultada pela mobilização de recursos para os problemas mais urgentes enfrentados pelo negócio.
Mas, como adotar modelos operacionais ágeis e tornar a tomada de decisão mais eficiente?
Neste artigo, vamos abordar porque ser ágil em operações que exigem flexibilidade, como as organizações podem adotar modelos operacionais ágeis para se destacarem no mercado e o segredo de transformações ágeis bem sucedidas.
Por que ser ágil em operações que exigem flexibilidade?
Uma das vantagens em adotar metodologias ágeis em modelos operacionais é trabalhar com menos hierarquia e com foco nos problemas reais do negócio. E, ao contrário do que muitos pensam, as práticas ágeis de trabalho exigem rigor relacionados a estrutura, disciplina e transparência.
No entanto, o resultado da adoção dos métodos ágeis na operação costuma ser uma maior adaptabilidade às mudanças e tomada de decisões mais rápidas. Além disso, a agilidade pode ser um divisor de águas para a produtividade, qualidade, velocidade e experiência dos profissionais de uma organização.
E, diferentemente de outros métodos, os benefícios da agilidade não são teóricos. Empresas ágeis conseguem se adaptar melhor em meio à crise. No entanto, optar pelo uso de metodologias ágeis para otimizar a operação não é útil somente em momentos de crise.
Modelos operacionais ágeis também permitem que os líderes realinhem a equipe com mais eficiência para as oportunidades de maior criação e proteção de valor em toda a empresa.
Empresas que passam por uma transformação ágil sabem muito bem que transformação digital e agilidade caminham bem juntas.
Os efeitos imediatos sobre a taxa de inovação, ROI e turnover são claramente visíveis pelas organizações que adotam modelos operacionais ágeis.
Até porque, o universo corporativo caminha aceleradamente para o digital e adotar maneiras mais eficientes de trabalhar faz todo sentido.
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Como as organizações podem adotar modelos operacionais ágeis
Para organizações com atividades de projetos e de melhoria, as agile squads são o arquétipo ágil mais difundido, por serem equipes multifuncionais e auto gerenciáveis.
O modelo de squads é aplicável em operações que precisam de equipes para resolver problemas em conjunto, a fim de entregar produtos, projetos ou executar outras atividades que exijam skills específicas.
Essas equipes costumam ter os conhecimentos e as habilidades para entregarem os resultados desejados e, na medida do possível, uma missão que represente a entrega de ponta a ponta do fluxo de valor correspondente.
No entanto, para tomarem decisões sólidas, as agile squads também precisam de informações, preferencialmente baseadas em dados em tempo real. Pois, assim como as transformações digitais exigem entrega ágil, as transformações ágeis exigem soluções digitais para que haja eficiência.
Em relação aos temidos riscos com a adoção, empresas que adotaram os agile comprovaram que não há conflito entre maneiras ágeis de trabalhar e operações estáveis, seguras e confiáveis. Muito pelo contrário, os modelos operacionais ágeis, quando implementados corretamente, podem reduzir os riscos e melhorar a segurança.
Outra maneira de adotar o modelo ágil com eficiência é dando autonomia às equipes. Apesar de os gerentes mais conservadores acreditarem que a segurança será prejudicada se eles não estiverem envolvidos diretamente, os modelos de trabalho sem microgerenciamento costumam apresentar melhores resultados.
Portanto, para que modelos operacionais ágeis sejam bem-sucedidos, é preciso haver uma linha mestra estável, com processos claros, cultura e regras claras. E, acredite, maneiras ágeis de trabalhar tornam mais transparente as operações e, assim, fica mais fácil saber realmente o que está acontecendo e tomar as melhores decisões.
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O segredo de transformações ágeis bem-sucedidas
Independente do setor e do porte da empresa, o caminho para a agilidade é cheio de altos, baixos e reviravoltas. Não existe uma solução única para todos, de modo que cada organização deve experimentar e se adaptar até encontrar as soluções que atendam a suas necessidades.
Ainda assim, organizações em processo de transformação ágil sempre terão a aprender com outras empresas mais avançadas na curva da adoção da metodologia ágil. No entanto, podemos notar algumas características em comum de empresas bem-sucedidas:
A agilidade celebra o aprendizado, não o fracasso
A mentalidade ágil implica um desejo constante de aprender e tornar-se mais eficaz. No desenvolvimento de software, isso costuma ser resumido como fail fast, ou seja falhar logo no início para acertar depois, mas em setores que fazem uso intensivo de bens de capital, essa mentalidade seria descrita com mais precisão como learn fast, isto é, aprender desde o início.
Agilidade não é um vale-tudo, sem métodos
Maneiras ágeis de trabalhar, utilizando scrum, por exemplo, são altamente estruturadas e promovem maior velocidade com práticas cotidianas de trabalho claramente definidas e transparentes. Um efeito dessa forma de operação é um grande aumento da visibilidade da performance das equipes e dos profissionais.
Agilidade não significa não ter planejamento.
Maneiras ágeis de trabalhar permitem identificar com clareza e priorizar o trabalho a ser feito, o chamado backlog, e são alavancadas por um ritmo claro, em sprints. Além disso, organizações ágeis bem-sucedidas reconhecem que as condições e necessidades de trabalho estão sempre evoluindo e, portanto, formulam planos adaptáveis às mudanças, para que possam entregar resultados melhores.
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O que está por trás dos modelos operacionais ágeis?
Como vimos, adotar modelos operacionais ágeis auxiliam na tomada de decisão à medida que expõe os silos e propõem soluções digitais que atendem as necessidades das empresas.
No entanto, o que diferencia as organizações mais bem-sucedidas das demais, é que essas companhias veem seu modelo operacional como um sistema e alinham as suas partes – estratégia, estrutura, processo, pessoas e tecnologia.
Além disso, na maioria dos casos, os líderes seniores estavam à frente dessa operação, a fim de modelar comportamentos e mudanças de mentalidade, com tempo e dedicação suficiente para a transformação ágil.
Afinal, para ter um modelo operacional ágil que realmente gere tomadas de decisões mais assertivas, não basta só investir em novas tecnologias e consultores externos de TI, é preciso que todos os envolvidos no processo acreditem e queiram adotar as práticas ágeis.
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