O home office tem afetado a motivação da sua equipe? Veja o que você pode fazer!
Ainda que suas operações e ferramentas tenham se adaptado bem ao modelo remoto, junto com a decisão sobre manter ou não o home office, há uma nova questão assombrando organizações e lideranças: como manter a motivação das equipes que estão trabalhando em casa.
No quadro ideal, esperamos que os times mostrem toda a sua resiliência, união e produtividade, mesmo com todas as dificuldades. Mas isso está longe de ser a realidade. Ao contrário.
Uma pesquisa da Harvard Business Review com 20 mil trabalhadores de 50 empresas de todo o mundo revelou que colaboradores em home office ficam menos motivados do que quando estão no escritório. E quando o home office não é voluntário – como durante a pandemia do novo coronavírus – a motivação é menor ainda.
O desafio de motivar a equipe no home office existe e é mais comum do que líderes e organizações gostariam de ter que admitir. Por isso, cabe a nós lidarmos com ele.
É o que faremos neste post. Para isso, passaremos em revista como o quadro de crise tem afetado os colaboradores e, desenhado o problema, vamos a algumas práticas que podem ajudar organizações e líderes.
Como um quadro de crise afeta os colaboradores?
Em períodos de crise, incerteza ou tensão, é sabido que a motivação tende a reduzir – por mais que essa desmotivação possa, inclusive, desacelerar a recuperação. Pudera: cortes em operações, pessoal e investimentos começam acontecer diante dos olhos de todos e, ao mesmo tempo, para quem fica, a produtividade exigida é maior.
Do ponto de vista dos colaboradores, surge a ansiedade e o medo: de perder o emprego, de não conseguir pagar as contas e de se manter seguro, por exemplo.
Com a mudança brusca para o home office, esses fatores se unem a outros, ligados à rotina doméstica e de trabalho. Para ficar só no domínio profissional, citamos:
- diminuição da coordenação e conexão entre os profissionais, o que afeta a capacidade de trabalhar em conjunto e de dar respostas rápidas;
- perda de propósito, vinculada a invisibilidade do impacto do trabalho dos times sobre clientes ou colegas;
- perda de potencial de desenvolvimento, dada a falta de acesso a colegas que ensinem e desenvolvam outros e de perspectiva e melhora; e
- perda de ritmo de trabalho consistente em casa, que não se descola da vida doméstica e é recheado de distrações.
Saiba mais: A inovação diminui no home office?
Como motivar equipes em home office: o que os líderes podem fazer
1. Converse sobre motivação abertamente
Não deixe para falar sobre motivação quando perceber queda em produtividade, conheça seu time.
Pergunte abertamente, por exemplo, em one-on-ones, a seus colaboradores sobre a motivação deles no home office, como e o que a eleva ou diminui? Ou então, como ser útil para experimentar maneiras de melhorar a motivação?
Por mais que suas horas de trabalho e nível de estresse e de pressão tenham aumentado como líder, dedique atenção adicional aos liderados. Leve o tema para a pauta de reuniões, com o mesmo nível de prioridade que as questões operacionais e de desempenho.
Além das conversas, mantenha o olhar atento, identifique problemas e dê endereçamento a eles.
Essa parceria também precisa envolver o DHO. Aqui na Supero, por exemplo, o departamento faz levantamentos e tem conversas individuais sobre motivação e rendimento, bem como infraestrutura doméstica para o home office.
Permita, assim, que o trabalho quebre a ansiedade. Aliás, uma das falhas que leva, inclusive, à perda de motivação da equipe é a dificuldade comum tanto a colaboradores quanto a lideranças de lidarem abertamente com assuntos ligados ao domínio emocional e psíquico, tanto em reuniões do time quanto em reuniões individuais. Veja no quadro as consequências disso.
2. Gere ações práticas a partir das conversas
Mais do que trazer o assunto motivação da equipe para o primeiro plano, crie ações e dinâmicas motivacionais, individuais ou em grupo.
Isso, no âmbito do time, pode significar trabalhar uma rotina com os liderados, personalizada de acordo com a dinâmica familiar deles. Pode ser o estabelecimento de horários e de prazos flexíveis, mas ajustados a sprints. Pode ser adotar alguma metodologia ou ferramenta ágil. Ou a oferta de algum equipamento.
Veja como a cloud computing pode ajudar no home office.
Com o DHO, essas ações podem ser incrementadas, com cadências de comunicação com o CEO, happy hours com música e jogos virtuais, quizzes valendo prêmios e por aí vai.
Veja no vídeo o que os #supers estão fazendo para manter a motivação no home office:
Como todos os planos, trabalhe com a hipótese de que eles podem não dar certo. Aceite com flexibilidade o caráter experimental dessas iniciativas. Teste-as ao longo de uma semana, por exemplo, e veja a resposta de cada uma.
3. Diminua a burocracia e a hierarquia
Existem planos, processos, regras e resultados que precisam ser executados, e isso não se discute.
Só que no home office, certas burocracias e hierarquias podem comprometer, e muito, a agilidade. Um colaborador que precisa esperar que seu superior dê aprovação e autorização para que ele prossiga seu trabalho vai ficar desmotivado se não puder proceder sem ela.
Então, esse é o momento de refletir se certos processos que faziam sentido no escritório não se tornam uma forma de microgerenciamento no home office e de que maneira você pode exercitar a autonomia e o empoderamento dos colaboradores.
Nessa mesma linha, a pesquisa da HBR que citamos acima mostra que dar aos profissionais liberdade de experimentar e de resolver problemas significativos em suas funções gera motivação maior, independentemente de ser home office ou presencialmente.
4. Integre os colaboradores aos propósitos da organização
O que define o propósito de sua organização? O que a sua organização quer deixar para a sociedade, colaboradores, clientes, parceiros e donos?
Quando a desmotivação assola o time, imbuí-los novamente do sentido gerado pela busca de um propósito maior, o chamado norte verdadeiro no Lean Thinking, para a realização do qual cada um é peça-chave, é uma maneira de gerar motivação. Desde que ele seja real, por óbvio.
Um profissional se sente mais engajado quando conhece os valores e objetivos da empresa em que atua e sente que ela é fortemente comprometida com eles. Por isso, crie uma conexão com a equipe, mostrando qual papel de cada um dentro do ambiente e como ele pode contribuir com os resultados.
5. Dê feedbacks consistentes
No home office, o feedback será crucial para o sucesso, criando um ambiente de colaboração, transparência e segurança para todos os envolvidos.
Mas, para isso, ele precisa ser objetivo e claro. Identifique características específicas que precisam de qualificações e vulnerabilidades que precisam ser aperfeiçoadas.
Para garantir a motivação pessoal e profissional de cada um e, consequentemente, a produtividade de todos, indique maneiras de buscar melhorias. Afinal, quem não se anima ao aprender algo novo?
Isso pode se traduzir em um Plano de Desenvolvimento Individual - PDI, por exemplo, construído em parceria com o colaborador para atender tanto as necessidades da organização quanto as realizações profissionais.
Motivação da sua equipe: dentro e fora do escritório
A motivação é o motor que nos leva a realizações, na vida pessoal e profissional, independente do momento pelo qual estamos passando.
Leia também o artigo de nosso CEO, Sidnei Bunde, sobre boas práticas de liderança em momentos de crise
Motivação se reverte em produtividade, propósito, autoconfiança e qualidade de vida, tudo que uma organização precisa para o crescimento, sucesso e bom ambiente de trabalho, em casa ou no escritório.
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