Conheça as diferenças entre SOA e microsserviços e saiba qual dessas arquiteturas de software se aplica melhor aos seus projetos
Apesar de haver bastante comparação entre os conceitos de SOA - que é a arquitetura orientada a serviços - e microsserviços, as duas arquiteturas de softwares têm funções e usabilidades diferentes dentro do ambiente corporativo.
O SOA, resumidamente, é um padrão de arquitetura de software de baixo acoplamento que torna os componentes reutilizáveis, usando interfaces de serviços com uma linguagem de comunicação comum em uma rede.
Já os microsserviços são uma abordagem arquitetônica e organizacional de desenvolvimento de software, que contém pequenos serviços independentes que se comunicam entre si.
Assim, podemos dizer que, tanto em arquitetura orientada a serviços quanto em microsserviços há um nível de governança de serviços. No entanto, em SOA, ela é mais centralizada, criando geralmente padrões em torno de uma plataforma de tecnologia.
Arquitetura Orientada a Serviços (SOA)
Utilizada, geralmente, em grandes corporações, a arquitetura orientada a serviços contém integrações de dados e códigos necessários para executar uma função de negócios completa, em que os serviços podem ser acessados de maneira remota, sendo possível interagir e atualizá-los de forma independente.
Entre os principais benefícios do SOA estão flexibilidade, agilidade e redução de custos na reutilização de serviços.
Um dos componentes mais importantes da arquitetura orientada a serviços é o enterprise service bus (ESB), um barramento de serviços corporativos que disponibiliza com maior facilidade os serviços do sistema para os usuários e outras aplicações, acelerando os processos de integração.
Embora não seja uma arquitetura nova no mercado, a evolução das políticas, regulamentações e modelos de negócios convergiram para que hoje o SOA fosse pensado como um fornecedor de soluções.
Por isso, as organizações governamentais e comerciais têm tirado proveito dessa tecnologia, nos últimos anos, para se tornarem mais inovadores e adaptáveis às mudanças.
Com uma abordagem que facilita a criação de serviços de negócios interoperáveis e flexivelmente acoplados para fácil compartilhamento dentro das empresas e entre elas, o SOA extrai o valor da reutilização e agilidade possibilitadas por ele.
Além disso, os sistemas implementados hoje sobrevivem a seus implementadores originais, na forma de aplicativos empresariais.
Benefícios da SOA
De modo geral, entre os principais benefícios da arquitetura orientada a serviços a serem destacados, estão:
- Diminuição do tempo de desenvolvimento, agilizando as entregas;
- Baixo acoplamento entre as partes do sistema, facilitando a manutenção;
- Isolamento da estrutura de um serviço, trazendo flexibilidade durante mudanças;
- Facilidade de agregar novas tecnologias a plataformas, agilizando as integrações de sistema;
- Possibilidade de reutilização de componentes, aumentando o retorno sobre os investimentos (ROI), com o reuso.
Desvantagens da SOA
Como desvantagens, o SOA pode aumentar a complexidade na governança, dada a grande quantidade de serviços que precisa ser gerenciada.
Também é difícil conseguir “responsáveis” para cada serviço, pois muitos serviços são altamente reutilizáveis por diversos sistemas.
A performance também é outro ponto preocupante, pois depende diretamente do servidor onde o serviço está publicado, além da rede.
Nesse modelo, a escalabilidade também precisa ser observada, pois em momentos de pico não se consegue facilmente criar novas instâncias de ESB.
Outra questão do SOA é a dificuldade de montar um modelo de DevOps, com equipes independentes (squads) e com autonomia no desenvolvimento, pois no DevOps, a implantação de um serviço, mesmo com falha, não afeta nenhuma outra parte do sistema, o que não é realidade do SOA, que propõe o máximo reuso de serviços.
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Microsserviços
Você já ouviu falar que adotar uma abordagem baseada em microsserviços para a criação de aplicações é a melhor solução?
Pois é. Isso porque, diferentemente da abordagem tradicional monolítica, onde toda a aplicação é criada como um único bloco, os microsserviços são componentes independentes que trabalham juntos para realizar a mesma tarefa.
No entanto, a arquitetura de microsserviços é mais complexa do que o mero acoplamento flexível das funções essenciais de uma aplicação. Trata-se da restauração de desenvolvimento e comunicação de modo a preparar a aplicação para falhas inevitáveis, escalabilidade futura e integração de novas funcionalidades.
Assim, com a arquitetura de microsserviços, sua equipe e tarefas podem se tornar mais eficientes por meio do desenvolvimento distribuído. Além disso, é possível desenvolver vários microsserviços ao mesmo tempo, o que irá resultar em menos tempo gasto com desenvolvimento.
Benefícios dos microsserviços
Entre as 5 maiores vantagens dos microsserviços, podemos elencar:
1. Lançamentos ágeis
A arquitetura de microsserviços é compatível com implantações e atualizações mais ágeis devido aos ciclos de desenvolvimento reduzidos.
2. Escalabilidade
À medida que a demanda por determinados serviços aumenta, há possibilidade de implementações para atender a necessidade.
3. Resiliência
Como serviços independentes, os microsserviços não se afetam entre si. Portanto, se um elemento falhar o restante da operação permanece em funcionamento.
4. Facilidade de implementação
Como as aplicações baseadas em microsserviços são mais modulares e menores do que as em monolíticas tradicionais, as preocupações quanto às implantações são inválidas.
5. Acessibilidade
Como a aplicação é decomposta em partes menores, os desenvolvedores entendem, atualizam e aprimoram mais facilmente essas partes, resultando em ciclos mais rápidos.
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SOA vs. Microsserviços: qual é melhor para o seu negócio
Definir qual arquitetura de software é a melhor solução para o seu negócio vai depender do tipo de problema que você quer resolver.
No SOA, os serviços são independentes da plataforma ou da tecnologia. Eles podem ser desenvolvidos usando qualquer linguagem de programação em qualquer sistema operacional, desde que se comuniquem entre si.
O resultado disso é a integração com outros sistemas, serviços e aplicações. Contudo, toda a arquitetura orientada a serviços é baseada em padrões de comunicação. Então, apesar da interoperabilidade e diversidade de aplicações e serviços dentro de um mesmo produto, eles utilizam a mesma comunicação.
Já o foco da arquitetura dos microsserviços é a independência. Eles não precisam, necessariamente, ser escritos usando a mesma linguagem de programação. Assim, os microsserviços são recomendáveis, principalmente, para projetos de alta complexidade, ajudando a antecipar entregas.
Entretanto, os microsserviços demandam cuidados e esforços adicionais para manter sua gestão, governança e segurança operacional.
Se bem implantados, tanto os microsserviços quanto o SOA trazem benefícios importantes para uma empresa.
Para algumas empresas, o ideal é que eles coexistam, em um modelo de integração de dados híbrido, com cada um carregando suas vantagens e sendo utilizados para projetos em que melhor se adaptam. Nesse caso, a experiência com as tecnologias pode ser a diferença entre as boas e as más decisões para seus projetos.
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