Saiba quais as prioridades e os principais desafios das empresas brasileiras que estão avançando em sua transformação digital e as tendências que se desenham para o futuro
É fato que a pandemia do novo coronavírus está sendo um dos maiores aceleradores da transformação digital no Brasil e no mundo. Se antes digitalizar o negócio era uma vontade de muitas organizações, depois dela virou uma necessidade, principalmente por conta da mudanças do mercado, impulsionadas pela pandemia, mas também devido a uma exigência maior por parte dos consumidores, que experimentaram e gostaram de soluções digitais oferecidas por empresas de diferentes segmentos.
Quem pensa que esse movimento rápido e pesado das organizações em busca de transformação digital é exclusivo das grandes corporações, que detêm muito poder econômico, se engana.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Samba Digital, divulgada pela Forbes, 76,2% das companhias do país estão desenvolvendo ou já implementaram uma estratégia de digitalização em suas operações.
O levantamento, que ouviu 100 líderes de empresas de tecnologia brasileiras, mostrou também que apenas 1,9% das organizações não possuem nenhum plano de digitalização do negócio e 9,5% desenvolveu um roteiro de TD, mas ainda não o colocou em prática.
A necessidade de transformação digital cada vez mais manifesta fez com que muitas empresas passassem a investir em novas tecnologias em 2021. De acordo com a pesquisa, 62,5% das empresas têm planos de usar entre 10% e 30% do faturamento em processos de digitalização do negócio.
Mas qual o estado da transformação digital das organizações no país?
Neste post, vamos abordar as prioridades das empresas em transformação digital, quanto elas estão investindo, quais os principais desafios que enfrentam e o panorama da TD no Brasil.
Quais as prioridades em transformação digital?
Um dos principais objetivos da transformação digital no Brasil é otimizar processos para melhorar a maneira como empresas nacionais conduzem seus negócios e aprimorar a experiência do cliente, por isso, é fácil entender porque investir em TD é uma das principais prioridades dos líderes de empresas brasileiras.
De acordo com o relatório da Robert Half, sobre a transformação digital de empresas no Brasil, a pandemia da COVID-19 acelerou a difusão de novas tecnologias e redefiniu as prioridades nas organizações.
Segundo o levantamento, as 3 tecnologias digitais em grande disseminação no mercado que são prioridade para as empresas em termos de alocação de recursos para aquisição, implementação e uso são:
Computação em nuvem
15% das empresas priorizam essa tecnologia pela necessidade de moldarem uma infraestrutura robusta para aplicações mais inovadoras, com base em inteligência artificial e automação, que requerem altíssima capacidade de processamento. Além disso, as organizações precisam de recursos de TI que só a cloud proporciona.
Confira: Como alinhar a estratégia cloud à sua transformação digital?
Tecnologias de colaboração virtual
15% das empresas dão mais importância nesse momento às tecnologias de colaboração virtual, por possibilitem o enfrentamento aos desafios associados à dispersão geográfica e a diferenças culturais dos profissionais da organização que estão atuando em home office.
Inteligência artificial
14% das empresas preferem priorizar a inteligência artificial pela sua possibilidade de automatizar processos, customizar a interação com o cliente e reagir a mudanças por meio de aplicações voltadas a aprender, sentir, agir e compreender.
Representando potenciais transformativos distintos, essas tecnologias se aliam a outras tecnologias que estão na lista de preferências das organizações, conforme planilha, abaixo:
Quanto as organizações estão investindo?
Em relação aos investimentos em transformação digital no Brasil, a pesquisa já citada da Samba Digital constatou que 62,5% das empresas pretendem dispor entre 10% e 30% do seu faturamento de 2021 em transformação digital, enquanto 16,3% usarão entre 30% e 50%. Apenas 9,6% dos líderes empresariais disseram que não pretendem investir neste ano.
Esses dados validam a hipótese de que os negócios precisam se reinventar para continuarem relevantes para o consumidor e que as organizações estão dispostas a investir nessa transformação.
Outro aspecto que se destaca na pesquisa é que 85% dos negócios que afirmam ainda não ter iniciativas em transformação digital já perceberam o quanto é importante atentar-se para o assunto. Tanto que 54% dos entrevistados afirmaram estar revisando os processos ou jornadas com foco em novas receitas.
Saiba mais: Novas tecnologias: que critérios de escolha adotar?
Os desafios das organizações em transformação digital
Dados da pesquisa da Samba Digital mostram que apesar do Brasil ter evoluído em relação à adoção e disseminação de novas tecnologias, o país ainda não é capaz de formar profissionais de TI capacitados para atender o déficit do mercado.
Afinal, quando falamos em transformação digital não estamos nos referindo apenas à implementação de novas tecnologias, até porque para extrair o máximo potencial transformador das mudanças é necessário que a organização esteja preparada para enfrentar alguns desafios, que a pesquisa da Samba Digital classifica em três tipos diferentes.
1. Desafios estratégicos
Para explorar e se integrar ao cenário competitivo atual, as empresas precisam usar as novas tecnologias de forma estratégica, de modo a gerar mais valor ao negócio. Entre as principais iniciativas desafiadoras estão:
- redefinir as estratégias corporativas com o uso das tecnologias;
- reformular o modelo de negócio e os possíveis impactos da transformação;
- definir quais mudanças serão realizadas e em quais áreas;
- projetar o retorno esperado no curto, médio e longo prazo.
2. Desafios organizacionais
Mudanças estruturais, relativas a propriedades e aspectos fundamentais da organização, também são necessárias nesse processo de transformação digital. Neste aspecto, os principais desafios são:
- desenvolver as lideranças, com competências digitais para os negócios digitais;
- redesenhar a estrutura organizacional, com adaptação a ecossistemas digitais;
- desenvolver uma nova cultura, revisando valores e princípios da organização;
- adequar o modelo de gestão e trabalho, visando aprendizagens e inovação.
3. Desafios sistêmicos
A transformação digital também coloca às empresas desafios associados a impactos sistêmicos da difusão de novas tecnologias. Em relação a essa difusão, é possível resumir os desafios sistêmicos em:
- atuação ou entrada em novos ecossistemas;
- regulamentação digital, relativa à adoção e uso das novas tecnologias;
- novos riscos de segurança de dados e privacidade;
- requalificação profissional das pessoas que atuam na organização.
Transformação digital à brasileira
Uma das tendências para os próximos anos é que as empresas tenham um setor forte de tecnologia para dar suporte às outras áreas, principalmente área de negócios e pessoas, de modo que a inovação se torne parte da cultura e do modelo de negócios.
Uma das alternativas adotadas por muitas organizações para superar o desafio da contratação é trabalhar com times híbridos, com parte da equipe interna e parte por meio de outsourcing de profissionais ou de squads inteiras. O modelo agile squads também está em alta no meio corporativo, por permitir mais agilidade operacional e alocação de times multiprofissionais em diferentes demandas.
Segundo dados da pesquisa, a maior parte das empresas (68,9%) já trabalha com alocação de profissionais. Outros 17,2% não trabalham, mas tem essa pretensão nos próximos meses. E a tendência para os próximos anos é que esse percentual de empresas que trabalham com a terceirização de TI cresça.
Veja: Como acertar na gestão do outsourcing de TI?
Para uma jornada digital crescente
Ao traçar o panorama da transformação digital no Brasil percebemos que algumas empresas já estão bem avançadas em termos de tecnologia, no entanto, a grande maioria ainda está na fase da digitalização, precisando avançar para de fato ter uma transformação efetiva.
Os dados mostram que as empresas percebem isso e que a transformação digital no Brasil é uma tendência coletiva, reforçada pela necessidade patente de gerar valor para o consumidor que passou a fazer cada vez mais parte das pautas de discussões estratégicas das empresas.
No entanto, se a sua organização precisa de apoio nessa jornada digital, conte com um parceiro experiente e com credibilidade no mercado, com serviços que vão desde a alocação de profissionais de TI até o desenvolvimento de projetos personalizados de software nas mais variadas tecnologias.
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