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Aplicar data science aos negócios é a melhor alternativa para tomada de decisões rápidas

Como superar a profunda crise que veio com a pandemia?

Poucos têm uma resposta na ponta da língua a essa pergunta. Mas sabemos que os gestores de setores de negócio das organizações terão o desafio de tomar decisões importantes em um ritmo inaudito, certamente assumindo maiores riscos e, consequentemente, a possibilidade de maior impacto sobre a organização – para o bem ou para o mal.

Já está clara a importância da análise de dados para a tomada de decisões. Por isso, um ponto é certo: a resposta à nossa pergunta inicial tem muito a ver com data science. Pelo menos é o que dizem 43% dos 300 cientistas de dados norte-americanos que responderam ao levantamento do International Institute for Analytics – IIA e da Burtch Works, que afirmam que o data sciente é fundamental para subsidiar decisões importantes.

Para quem pensa que isso só vale no segmento de tecnologia, se engana. A ciência dos dados influencia todos os segmentos, do varejo à logística. E para nós é um grande trunfo para superar esta crise – e preparar organizações para outras.

Num ambiente de alto risco como o atual, no entanto, o desafio de transformar dados em informação estratégica é ainda maior. Prover organizações com dados acurados e na hora certa pode significar reports diários sobre a performance ou a adoção de ferramentas para processar dados mais rapidamente, por exemplo. Na mesma pesquisa citada, pouco mais de 70% dos cientistas de dados disseram ter, em algum grau, novas demandas ligadas ao covid-19.

webinar data science do zero

Mas então chegamos aos gestores de TI ou aos CDOs, que vão integrar cientistas de dados ao time de gestores responsáveis por responder à crise, em meio a uma pandemia sem precedentes. Como eles podem gerar conhecimento e valor por meio do data science para os negócios da organização?

É o que veremos neste post.

Garanta que o data science permaneça em operação e seguro

Sua equipe de data science, interna ou não, provavelmente está em home office ou, se dentro da empresa, em capacidade inferior. Assim como você, ninguém estava suficientemente preparado para isso.

No primeiro momento, os gestores de TI direcionaram seus esforços em soluções imediatas para manter as pessoas seguras, rearranjar o modelo de trabalho, comunicar-se com confidencialidade, prontidão e consistência e, finalmente, manter a continuidade das operações.

Continue a proporcionar soluções para consolidar o ritmo de entregas nesse novo arranjo. Além disso, assegure todo o suporte em plataformas de dados essenciais, infraestrutura e equipe necessária para mantê-los.

Muitas organizações, enquanto adaptavam o trabalho de seus cientistas de dados para o home office, tiveram seus dados mais expostos a ataques.

Continue a avaliar a necessidade de um update em seus controles, permissões e políticas de acesso, particulamente aos que protegem dados sensíveis. Coisas como impedir que os dados sejam exportados ou printados, por exemplo, podem ajudar.

Feito isso, é hora de ir além.

Repriorize sua estratégia e investimentos em dados

Nota-se um aumento recorde nas taxas de adoção de novas tecnologias durante a crise.

Empresas-líderes em seus segmentos, inclusive, tem impulsionado ainda mais o uso do data science, a fim de ganharem vantagens competitivas, acelerarem operações e inovar em produto.

Reavalie também suas iniciativas em data sciente. Trabalhe com a premissa de que uma abordagem data-driven tem alta prioridade porque produz efeitos duradouros para a organização, inclusive que vão prepará-la para novas crises. É o que já vemos agora: empresas com mais habilidades com dados têm mais resiliência organizacional.

Ao mesmo tempo, repense todo o seu orçamento para equilibrar seu caixa.

Defina suas métricas focado nas decisões que precisa tomar

Em ambientes ricos em dados, muitos caminhos e insights são possíveis. Tanto que a Gartner encoraja cientistas de dados a fazerem expedições de exploração sem objetivos claros, com vistas a trazer oportunidades à tona.

No entanto, diante da profundidade das atuais mudanças, as prioridades também mudam radicalmente. Foque no que importa. Use o data science para produzir informações que vão responder às questões sobre as quais você precisa tomar decisões.

Para isso dar certo, o time de negócios precisa auxiliar o time técnico de cientistas de dados a analisar dados e métricas necessários para tais decisões. Elas podem ser, por exemplo:

  • Redirecionamento da cadeia de suprimentos
  • Comportamento do público-alvo durante a crise
  • Impacto financeiro da crise
  • Clientes mais afetados pela pandemia.

Transforme tais tópicos em perguntas específicas, para que os dados forneçam respostas mais direcionadas.

Defina os datasets que vão trazer informações sobre suas demandas

Nós não sabemos quanto tempo a crise vai durar. Portanto, é melhor ser conservador nas previsões: estamos falando de meses já. Portanto, esteja sempre em busca dos melhores dados e informações e sempre aprendendo, pois muitas coisas deverão ser adaptadas durante o voo, não antes de alçá-lo.

Proativamente, busque novas fontes de dados para a organização e compartilhe, pelo bem comum, dados de que você dispõe com outras organizações, instituições e o governo, por exemplo – para resolver problemas relativos à crise. Um bom exemplo disso é o COVID-19 Open Research Dataset.

No entanto, o mesmo vale quanto às explorações sem objetivo: não se perca nessa busca. Evite a tentação de reunir qualquer dado que pareça ter valor. Parta dos dados que já tem e, após avaliar quais são os gargalos, escolha outros datasets para atender.

Comemore pequenas vitórias, mas se prepare para o pós-crise

Anthony Scriffignano, Chief Data Scientist da Dun, afirma em uma entrevista:

É muito fácil dizer que as cadeias de valores globais foram abaladas e que negócios fecharam as suas portas. Mas isso é o efeito de curto prazo. Quais são os efeitos de longo prazo disso? Alguns negócios, esperamos que a maioria deles, vão reabrir suas portas. Que tipo de pistas vão nos sugerir isso?

Para além do imediato, que é óbvio para todos que estão com olhos abertos, mire o que ainda não está escrito. Afinal, seus desafios não vão acabar junto com a crise. Pelo contrário. Já vínhamos de um cenário de competividade acirrada pela adoção de tecnologias como o data science. Não espere uma queda nisso.

Assim, para o futuro pós-crise, além de buscar a recuperação, as organizações deverão investir ainda mais amplamente em criar habilidades. Quais serão elas? Pergunte aos data.

Data science para os negócios: nunca foi tão necessário

Extrair conhecimento e valor para negócios baseado em data science – ou seja, em uma epistemologia e em um método científico – mostra-se como ferramenta fundamental para enfrentar a crise. Para algumas organização, será talvez a única.

Porém, para o final deste artigo, vale um alerta: data science não é uma panaceia. Há limitações e, sobretudo, limites.

Por mais que o alcance do entendimento humano na tomada de decisões seja infinitamente incrementado pela ciência do dados, decisões continuam sendo humanas, baseadas em interpretações puramente humanas. E então precisam ter seus impactos determinados para além do puro escopo local dos negócios, incluindo impactos mais globais como em colaboradores, clientes e na sociedade.

Como afirma Anthony Scriffignano, “ter informações suficientes para tomar uma decisão não significa que você tem informações suficientes para tomar uma boa decisão”. Assim, considere, além do que você sabe, sobretudo o que você ainda não sabe.

Por fim, faça a coleta, uso e compartilhamento ético dos data para seus negócios e sua tomada de decisão, especialmente durante crises como a causada pelo novo coronavírus, em que promover a própria sobrevivência pode envolver vários outros sacrifícios.

Precisa de ajuda nisso? Fale com quem está já esteve à frente de vários projetos em data science.

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