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Veja como estimular o autogerenciamento de equipes de TI para que o trabalho do dia a dia seja mais produtivo e eficiente

No universo da TI, é comum vermos líderes em busca de equipes autogerenciáveis, principalmente em organizações que adotam as metodologias ágeis ou estão no processo de transformação ágil.

Isso porque contar com equipes autogerenciáveis é um dos principais pilares da agilidade, reforçada inclusive no Manifesto ágil, que diz: “As melhores arquiteturas, requisitos e designs emergem de equipes auto-organizadas”.

Evidentemente, ser autogerenciável não significa fazer o que quiser e como quiser, e sim fazer parte de uma cultura organizacional saudável, que se organiza em equipes autogerenciáveis que funcionam de maneira eficaz e que se concentram em cumprir as metas de negócio.

Mas será que equipes autogerenciáveis funcionam melhor na teoria do que na prática? E, diante desse cenário desafiador, como ser um líder deve encorajar comportamentos autogerenciáveis? 

Neste artigo, vamos abordar quais as características de times autogerenciáveis, o papel de líderes nesses times, como encorajar comportamentos autogerenciáveis na equipe e como avaliar a performance de equipes autogerenciáveis.

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Características de times autogerenciáveis

Segundo Steffan Surdek, em artigo na Forbes, equipes autogerenciáveis se caracterizam por:

  • ter um certo nível de autoridade na tomada de decisão;
  • estar trabalhando para cumprir sua visão emergente; e
  • assumir a responsabilidade de como eles funcionam e evoluem continuamente.

A Scrum Alliance oferece uma explicação mais ampla sobre equipes autogerenciáveis. Entre os pontos destacados estão que os profissionais:

  • puxam o trabalho para si próprios;
  • gerenciam seu trabalho;
  • não exigem “comando e controle”;
  • se comunicam mais uns com os outros do que com o scrum master;
  • não têm medo de fazer perguntas; e
  • continuamente aprimoram suas próprias habilidades.

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A relação entre agilidade e autogerenciamento de equipes

Naturalmente, se uma organização consegue fazer mudanças rápidas em serviços ou processos e, ainda assim, se manter eficiente na sua operação, ela pode ser considerada ágil. Afinal, uma abordagem ágil significa ser adaptável.

Agilidade, portanto, não é um método de trabalho ou abordagem a ser adotada, e sim uma mentalidade em que as pessoas precisam de autonomia, senso de propósito e colaboração para serem intrinsecamente motivadas a fazerem parte do conceito.

Pessoas com uma mentalidade ágil acreditam que os melhores resultados podem ser alcançados em equipes multifuncionais e auto-organizadas, afinal, métodos ágeis como Scrum, Kanban e Design Thinking permite a flexibilidade necessária para que elas possam concluir uma determinada tarefa e lidar com eventos inesperados que possam encontrar ao longo do caminho.

Em outras palavras, as metodologias ágeis adotam valores e práticas que levam ao autogerenciamento do time.

Saiba mais: Times ágeis: porque o mindset agile é uma vantagem competitiva

O papel dos líderes em times autogerenciáveis

Algumas pessoas podem pensar que equipes autogerenciáveis não têm liderança. No entanto, isso é um equívoco. Em equipes que se gerenciam, normalmente, as prioridades são definidas pelo product owner

Os profissionais que compõem o time, geralmente, também são escolhidos pela liderança. Assim como é papel do líder definir a estrutura ágil a ser usada por aquela equipe.

Equipes autogerenciáveis muitas vezes optam por uma liderança externa ou um agile coach, que diferente de uma liderança tradicional de comando e controle, incorporam um estilo de liderança servidora, que está ali para direcionar e auxiliar o time naquela jornada.

O scrum master, dentro de uma estrutura de Scrum, é quem garante o coaching da equipe. A melhoria contínua do processo pela equipe autogerenciável acontece por meio de reuniões e a preparação do backlog ou a reunião do sprint de retrospectiva.

Podemos dizer que para ser líder em equipes autogerenciáveis não necessita apenas de uma compreensão de como fazer projetos ágeis, mas de como fazer com que os profissionais do time trabalhem juntos e se transformem em equipes altamente motivadas e atuantes. 

Leia também: Retenção de talentos: os CIOs adotam a estratégia certa?

Como encorajar comportamentos autogerenciáveis na equipe?

A fim de auxiliar gestores na prática, relacionamos a seguir 5 atitudes para melhorar o autogerenciamento das equipes.

1. Adotar agile squads

O Agile Squads é um modelo de gestão que conta com equipes multidisciplinares alinhadas por um único propósito. O modelo vem sendo adotado por grandes empresas como Spotify, Vivo e Nubank para aumentar a produtividade e a eficiência das entregas de projetos.

2. Adotar gestão visual e transparente

Quando equipes autogerenciáveis não conseguem visualizar o objetivo do projeto de forma clara e transparente, a tendência é que percam o foco ou desanimem. Para evitar esse problema é importante manter um canal de comunicação onde todos consigam visualizar as etapas e, principalmente, o progresso do projeto.

3. Não ter medo de errar

Um dos maiores obstáculos para o sucesso em equipes autogerenciáveis é o medo de errar. Quando a pressão aumenta é fundamental não perder a motivação para que os problemas sejam resolvidos rapidamente. Além disso, é importante que ninguém seja punido por tentar agir.

4. Dar poder de tomar decisões

Empoderar as equipes para que elas tomem suas próprias decisões e definam o que é melhor para o projeto é o primeiro passo para estimular o pensamento crítico e a inovação. Crie o alinhamento mas dê autonomia para que as equipes conduzam iniciativas que ajudem o projeto a atingir seus objetivos.

5. Liberdade para gestão de conflitos

A liberdade para decidir de que maneira a equipe irá resolver problemas que surgem durante a jornada deve ser estimulada pelo líder, a fim de que os envolvidos possam revisar e reajustar o processo de trabalho, para a partir daí, encontrarem soluções viáveis para a equipe e para o conflito existente.

Confira ainda: Cultura do feedback em TI: como implementar?

Como avaliar a performance de equipes autogerenciáveis

Ao adotar métodos ágeis em equipes autogerenciáveis, um líder deve saber que é preciso delegar responsabilidades às pessoas que realmente irão realizar o trabalho. Cabe a ele, portanto, comunicar os objetivos estratégicos e auxiliar no que for preciso para que eles sejam alcançados.

Normalmente, esse líder não se envolve no trabalho diário da equipe, ele apenas facilita e dá autonomia e liberdade para que a equipe responsável execute o projeto da melhor maneira possível, promovendo a cooperação e dando espaço para mudanças no meio do percurso, caso necessárias.

Apesar disso, os líderes continuam com o papel de responder por aquele projeto aos gestores da organização e, por isso, precisam encontrar uma forma de avaliar a performance daquela equipe, mesmo que ela seja autogerenciável.

Por definição, uma equipe autogerenciável com boa performance é aquela que entrega suas demandas com eficiência. Uma das formas de medir é através de indicadores chaves de performance (KPIs), como o Cumulative flow diagram (CFD), que fornece às equipes uma visualização do progresso geral do projeto e, ainda, por meio de reuniões diárias com o time e cada integrante, individualmente, para verificar como todos estão envolvidos nos processos de trabalho. 

Dessa forma, todos os profissionais de uma equipe autogerenciável podem falar sobre suas dificuldades e ficar a par dos atrasos e ainda como podem ajudar.

Existem ainda algumas dinâmicas que podem ser trabalhadas para medir o desempenho das equipes, sempre com a intenção de evidenciar um problema ou algo positivo que possa motivar ainda mais a equipe.

Veja: 9 maus comportamentos que afetam a performance da equipe de TI

Estime o autogerenciamento na equipe

Como vimos, em TI, conquistar equipes autogerenciáveis é um desafio para líderes de tecnologia. Afinal, é preciso muito mais do que saber atuar em projetos ágeis, é necessário habilidade para motivar e estimular os profissionais da equipe para trabalharem de maneira colaborativa, autônoma e flexível.

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