Saiba como incentivar a busca por competências digitais a fim de preencher a lacuna de profissionais de TI e impulsionar a transformação na sua organização
Devido aos impactos da pandemia na transformação digital, as organizações estão enfrentando um novo desafio: a falta de profissionais com competências digitais adequadas para impulsionar a recuperação e a competitividade no mercado.
De acordo com estudo global encomendado pela Salesforce, 69% das novas posições em 2019 foram preenchidas por ocupações que requeriam competências digitais. Não por acaso, de acordo com pesquisa global da McKinsey, 87% dos executivos já estão sentindo ou preveem sentir logo os gaps em habilidades digitais de suas organizações.
E a pesquisa vaticina: o maior desafio estará no Brasil, considerado o país com a maior escassez de profissionais digitalmente capacitados na América Latina.
Financeiramente, isso significa, para o G20 – do qual o Brasil faz parte – uma perda potencial de $11,5 trilhões de crescimento em GDP cumulativo, se não fizerem nada. Para o Brasil, o risco de perda em GDP anual é de 1,7% até 2028.
Temos de três a cinco anos para agir de modo a transformar possíveis efeitos negativos em competência para desenvolver produtos e inovar digitalmente.
O que fazer agora mesmo? Neste artigo vamos abordar os principais desafios das organizações para minimizar as lacunas de competências digitais e como solucionar esse problema construindo soluções eficientes a fim de garantir resultados a longo prazo.
Desafios das organizações em desenvolvimento de skills digitais
Estudos sobre skills do futuro, como o último Relatório do Futuro dos Empregos, do Fórum Econômico Mundial, estimam que cerca de 40% dos trabalhadores precisarão de requalificação em seis meses ou menos.
De acordo com o levantamento, o conceito de competência digital engloba uma “série de habilidades relacionadas ao uso de dispositivos digitais, aplicativos de comunicação e redes para acessar e gerenciar informações, desde pesquisa online básica e envio de e-mail até programação e desenvolvimento especializados”.
Atualmente, há várias forças criando lacunas digitais, externas e internas. Entre as externas, podemos destacar:
- A demanda por talentos em tecnologia ultrapassa a oferta já escassa de profissionais, tornando cada vez mais difícil contratar em TI;
- As inovações tecnológicas amplificam a necessidade por competências digitais;
- A falta de capacitação e custos altos de cursos na área de TI aumentam as barreiras de aprendizagem; e
- O acesso à infraestrutura digital e as habilidades é limitado pelo status socioeconômico.
As empresas também enfrentam desafios internos, como:
- Dificuldade de avaliar o nível de competência digital de seus profissionais;
- Dificuldade de determinar que skills elas precisam hoje e no futuro, de acordo com sua maturidade tecnológica;
- Criar trilhas e materiais de aprendizado customizadas para cada nível de competência;
- Fugir de abordagens tradicionais de ensino: os cursos tendem a cair na teoria, sem dar uma dimensão prática para o aprendizado; e
- Dificuldade de dar escala a iniciativas: é difícil impactar amplamente os colaboradores.
Como minimizar gaps em competências digitais
O Relatório do Futuro dos Empregos mostra que 94% dos líderes empresariais esperam que seus funcionários adquiram novas habilidades no trabalho.
Já a pesquisa McKinsey apontou que 87% dos executivos já estavam enfrentando ou esperavam enfrentar lacunas de qualificação dentro de alguns anos. Porém, menos da metade dos entrevistados tinha uma noção clara de como resolver o problema.
Quando o assunto é minimizar a lacuna de competências digitais, algumas organizações estão se movimentando para atender às demandas e exercer um papel importante no fornecimento de oportunidades.
Além do investimento em capacitação de pessoas, apostar em soluções que melhorem os processos e forneçam ferramentas adequadas para otimizar o trabalho é fundamental para avançar na transformação digital.
Entre os esforços realizados por gestores de organizações inovadoras, que podem ser seguidos, destacam-se:
1. Dar o exemplo
Líderes devem buscar ampliar suas próprias competências digitais dentro do time e, com base no exemplo, encorajar seus liderados a ampliar seus conhecimentos na área e orientá-los nessa busca.
2. Adotar planos de carreira
Ter confiança e segurança em relação a seu futuro na empresa pode ser uma motivação a mais para o profissional buscar mais conhecimento. Afinal, ele acarretará em crescimento para ele dentro da empresa.
3. Ter um programa de treinamentos para toda a organização
Viabilizar a capacitação em massa é uma forma de contar com profissionais mais preparados, além de ser condição fundamental para a criação de uma cultura de aprendizado, a fim de incentivar a busca por novos conhecimentos.
4. Criar um ambiente de aprendizado
A organização deve deixar o colaborador aproveitar oportunidades de aprendizado ligadas às operações do dia a dia, em vez de desconectar o aprendizado do momento em que o profissional precisa dele.
Na prática, isso significa dar aos profissionais a liberdade para que reservem, quando precisam, um tempo de sua jornada para o estudo.
5. Divulgar resultados de soluções digitais criadas pelos profissionais
Dar visibilidade para toda a organização aos resultados conquistados com base em competências digitais desenvolvidas internamente é uma iniciativa que gera satisfação e reconhecimento de utilidade e força coletiva.
6. Contratar equipes externas
Contar com agile squads ou equipes de parceiros externos para suprir essa lacuna de competências digitais, mas também para dar o exemplo, é uma solução rápida para o gap de competências digitais.
Saiba mais: Como funciona o outsourcing de TI da Supero
Que benefícios esperar de suas ações em habilidades digitais
A pandemia do novo coronavírus acelerou a adoção de abordagens eficientes de transformação digital, que tornam possível o dimensionamento dos esforços de trabalho de uma forma econômica e permitem maior aprendizagem aos profissionais.
Muitas organizações perceberam que trabalhar a lacuna de competências digitais com programas de desenvolvimento da força de trabalho e investimentos em metodologias que priorizam a cultura da inovação e do aprendizado contínuo pode gerar impactos profundos nos números de uma empresa, desde a otimização de recursos para contratação de novos profissionais até a capacidade de identificar novas maneiras de gerar resultados.
Entre os benefícios de aprimorar e requalificar as competências digitais constantemente, podemos citar:
- Capacidade de enfrentar uma crise, como a da COVID-19, e resistir aos impactos ocasionados por ela;
- Habilidade para passar por uma transformação digital de forma mais rápida e efetiva;
- Ter profissionais com competências técnicas e comportamentais alinhadas às necessidades da empresa;
- Contar com um modelo operacional sólido e resiliente às mudanças de tecnologias;
- Manter a cultura da inovação e do aprendizado constantes sempre presentes nas operações da organização;
- Criar caminhos não tradicionais e ter vantagem competitiva perante os concorrentes;
- Contribuir para uma economia mais forte e para um mercado de trabalho mais diversificado.
Leia também: Low-code: qual o papel da TI na adoção?
Abordagens inovadoras como solução
Em um mercado de trabalho tão competitivo quanto o da tecnologia, encontrar talentos com as competências digitais que as empresas precisam tornou-se um desafio. Com o surgimento de novas tecnologias e a demanda crescente por serviços especializados de TI, a procura por profissionais capacitados nessa área só aumenta.
Como vimos, oferecer oportunidades de capacitação para o desenvolvimento das pessoas pode contribuir para atrair e reter os melhores talentos, mas não há uma solução única para minimizar a lacuna de habilidades digitais.
Se o seu time precisa de braços para avançar em projetos digitais, conte com a Supero Tecnologia e tenha em sua equipe parceiros que vão garantir eficiência e resultados para os seus negócios.
Entre em contato com um de nossos consultores especializados e ganhe reforços altamente capacitados para atender às suas demandas no processo de transformação digital.