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Live shopping, vitrines autônomas, 3D, realidade aumentada e até veículos autônomos são tecnologias cada vez mais usadas em e-commerce 

Com as lojas fechadas ou funcionando com várias restrições, os varejistas aprenderam uma importante lição: todo negócio tem que estar apto a vender digitalmente. E não faltam tecnologias para permitir que se criem experiências alternativas de compra tão interessantes quando as presenciais.   

Ah, mas você vai dizer, isso é só durante a pandemia. Os consumidores ainda não veem tanto valor nas experiências de compra em e-commerce, mesmo que bem elaboradas. 

Responderemos essa objeção pedindo que você aplique o seguinte exemplo a si mesmo: se você tivesse que escolher entre uma destas opções de visualização de produtos, qual preferiria:  

  1. a da loja que oferece aos compradores a possibilidade de ver seus produtos em 3D e de testá-los onde você vai usar; ou  
  2. da loja que oferece apenas fotos 2D dos produtos. 

Sabemos que essa pergunta é retórica, então vamos a alguns outros dados.  

Primeiro, o de que o e-commerce vem crescendo constante e consistentemente no Brasil desde 2011. Dados da Ebit e Nielsen mostram crescimento de 16,3% em 2019, de 12% em 2018 e de 8% em 2017. A expectativa de ABComm é de 18% de crescimento em 2020. Isso mostra que os consumidores estão mais dispostos a comprar online. 

Depois, que a pandemia foi um catalizador inesperado para a adoção de tecnologias de comércio online, de acordo com a Nielsen. Em uma pesquisa realizada em parceria com a Ebit, de março a abril, o crescimento do consumo em serviços online foi de 96%. 

Por isso, ter uma estratégia adequada para o comércio online, a fim de aproveitar as oportunidades e entregar valor a clientes, deve estar entre as prioridades de varejistas.  

Sabendo que a tecnologia pode ser mais um aliado, neste post, veremos algumas tecnologias para comércio online. Muitas delas já são bem conhecidas, mas seu uso só foi alavancado pelo crescimento atual dos e-commerces. 

1. Live content e live shopping  

Provavelmente você notou, em suas redes sociais, um aumento expressivo nas lives. Traduzida em números, segundo a Business Insider, essa impressão significou um aumento de 70% no número de transmissões ao vivo, só no Instagram, em março. Reparou também que muitas delas são de empresas? 

As transmissões ao vivo, seja para a venda, seja para a demonstração de produtos, são outra tendência que vem se consolidando. Isso, porque a quantidade de conteúdo consumido globalmente, também de acordo com a Nielsen, aumentou em quase 60%. 

O que é tão interessante no live content e no live shopping é a possibilidade de conversar com o vendedor em tempo real, tanto para tirar suas dúvidas quanto para ver o produto de vários ângulos. Isso torna a ferramenta mais interessante do que os vídeos gravados, por exemplo. 

Já do ponto de vista do vendedor, é uma forma de conhecer sua audiência, de estreitar relacionamento com clientes e prospects, promover uma experiência nova e, claro, vender. 

2. Vitrine autônoma com IA 

Refinamento das vitrines personalizadas, as vitrines autônomas são pensadas, criadas e exibidas automaticamente por uma inteligência artificial que analisa a navegação do consumidor

A inteligência artificial também mensura e avalia a perfomance das vitrines, fazendo mudanças e testes A/B para melhorar a conversão, tudo automaticamente. 

Vendo quão promissor era o projeto e pensando em aumentar a assertividade de suas conversões, a Posthaus, dona de um grande marketplace no segmento de vestuários, não perdeu tempo: já em 2019 fez uma parceria em data science conosco para desenvolver um projeto de vitrine autônoma. 

3. Imagens em 3D 

Você compraria um produto sem vê-lo? As chances são pequenas, certo? Esse é o poder da imagem no e-commerce, o fator que mais influencia na intenção de compra. E no entanto, é difícil garantir que os compradores estão tendo a exata noção do que eles vão comprar em e-commerces. 

Agora esqueça as fotos 2D e vamos a outro nível de visualização de produtos em e-commerce. Imagine interagir com produtos da mesma forma que você faz em uma loja física, virando-o de todos os lados para observá-lo de vários ângulos. 

Então, com imagens 3D essas interações são bem similares. Segundo a Threekituma experiência melhor em visualização do produto leva, por si só, a 40% mais conversões.  

Não à toa a Audi conseguiu, com seu configurador de carros 3D, um aumento no engajamento dos usuários de 66%. 

4. Realidade aumentada 

Com as imagens em 3D, você está a um passo da realidade aumentada.  

Com ela, os consumidores podem, além de visualizar produtos de vários ângulos, inseri-los em ambientes ou até testá-los em si próprios

Empresas como a Threekit, por exemplo, usam a mesma tecnologia utilizada para produzir efeitos visuais de filmes, conseguindo criar imagens com uma fidelidade visual impressionante. 

Foto Threekit 

A realidade aumentada tem sido, neste momento, uma maneira de engajar os consumidores, que acabam se relacionando com os produtos de maneira ainda mais complexa do que presencialmente. 

Então, se o seu concorrente oferece a possibilidade de customizar e de ver como o produto fica com realidade aumentada, provavelmente eles vão vender mais do que você. 

5. Frete com veículos autônomos 

Corolário do crescimento da vendas online, o frete ou delivery estão em alta e em busca da automatização também. E uma tecnologia que pode revolucionar o setor de entregas em domicílio são os veículos autônomos. 

Faz algum tempo que grandes empresas estão desenvolvendo e testando veículos autônomos, como a Pony.ai, que iniciou experimentos com um carro elétrico autônomo para a entrega de mercadorias em trechos curtos. 

Já utilizada para a entrega de medicamentos nas áreas mais afetadas pela pandemia de covid-19, a pequena van autônoma da empresa chinesa Neolix faz até 100 km e vem sendo submetida a testes contínuos.

Além disso, pode-se mencionar os drone, que ainda que dirigidos remotamente, já dão o gostinho do frete autônomo.  

6. Assistentes virtuais de voz e chat 

Os assistentes virtuais e os chatbots já vinham aos poucos tomando o lugar dos call centers. Mas, com a pandemia, a chave virou vez, com o uso maciço de tecnologias baseadas em inteligência artificial conversacional.   

Para citarmos um exemplo, bancos como Santander aceleraram o desenvolvimento de sua assistente virtual, chamada Gente. Já no Itaú, o número de clientes que usam o serviço de inteligência artificial via WhatsApp cresceu 50% em março, e o número de mensagens trocadas subiu 74% em relação ao mês anterior.  

Uma pesquisa da Capgemini traz dados interessante a respeito dos assistentes virtuais:  

  • A aceitação e a satisfação dos consumidores com interações com assistentes vituais está crescendo: 72% afirmam confiar mais na companhia quando têm uma boa experiência com a IA conversacional.  
  • 74% das organizações consideram a tecnologia importante para o engajamento de clientes

Tecnologias no comércio online: tendência que veio para ficar 

O novo normal em vendas, como temos falado, é o omnichannel, o contactless, o self-service, o customer centric e a busca da retenção

Esses novos hábitos não vão simplesmente desaparecer quando tudo voltar ao normal. A tendência é de radicalização, no sentido de que as pessoas exijirão ainda mais experiências de compra melhores em e-commerces.  

Por isso, este é o momento de aderir à nova forma de as pessoas comprarem, para garantir que essas expectativas sejam atendidas. 

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