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Veja quais os impactos do 5G na logística e quais os casos de uso iminentes

Conectividade é um fator determinante para organizações que querem implementar tecnologias como internet das coisas, inteligência artificial e automação. Não por acaso tanta expectativa quanto aos efeitos do 5G sobre a inovação, sobretudo na logística. A tecnologia abre um horizonte novo de possibilidades, bem mais ousadas, em armazenamento, gestão de frotas, monitoramento de cargas e last-mile. 

Horizonte de possibilidades, de todo modo, necessário para o segmento. A crise nas cadeias de suprimentos mundiais se estendeu junto com os efeitos da pandemia. O ano de 2021 ficou marcado pelas filas em portos sobrecarregados, falta de contêineres e falta de profissionais de transporte, unidas a todas as ineficiências tradicionais na cadeia de abastecimento. A preocupação do setor é constante porque se choca com a demanda crescente por certos produtos e matérias-primas na outra ponta.

Com o lançamento da tecnologia 5G em meio ao caos logístico, que efeitos esperar? 

No Brasil, em julho de 2022, todas as capitais terão o 5G disponível. Mas, para o setor de logística, o 5G pode ser a solução para quais desafios? Como essa tecnologia deve ser vista pelos CIOs do segmento?

Para responder a essas perguntas, neste post vamos definir 5G, desenhar o cenário da adoção no Brasil, trazer alguns impactos e aplicações que a tecnologia viabiliza para o segmento. Acompanhe!

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O que é 5G?

O 5G é a próxima geração de rede de internet móvel, baseada em um conceito novo de conectividade, pensado para alavancar aplicações como realidade aumentada, IoT e inteligência artificial

Por que uma nova geração de internet? Porque tais tecnologias exigem mais em termos de conectividade. A primeira exigência é por velocidade de conexão. No 5G, ela pode ser 100 vezes superior à do 4G e é viabilizada pelas várias frequências, isto é, pelas muitas opções para tráfego de informação. Então, se com a performance máxima em 4G um filme é baixado em cerca de 35 minutos, com o 5G ele será baixado em menos de 30 segundos.

A segunda necessidade para a ampla aplicação de tecnologias como IoT é a baixa latência, fundamental para que o processamento seja em tempo real. Afinal, ninguém quer que um carro inteligente demore para responder. A diferença, por exemplo, no tempo de resposta entre dispositivos é de 50 a 70 milissegundos no 4G para 1 a 5 milissegundos no 5G, ou seja, uma queda de 10 vezes.

Por fim, tais inovações tecnológicas exigem a aceitação de um volume maior de dispositivos conectados a uma mesma antena sem perder estabilidade, número que, no caso do 5G, é 200 vezes maior do que no 4G

Para isso, há uma infraestrutura nova, aliada à já existente. Essa infraestrutura vai garantir os diferenciais em relação ao 4G e gerações anteriores. 

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A implementação do 5G no Brasil e no mundo

A maturidade em 5G é bem diferente pelo mundo. Enquanto EUA, Inglaterra, Japão, Austrália e Coreia surgem como líderes e países da Europa seguem em testes e preparando a infraestrutura, países como o Brasil ainda estão na fase inicial.

No entanto, a cobertura é um problema comum para todos, mesmo para os mais avançados. Para ela ser boa, o 5G precisa de muito mais antenas que o 4G, por exemplo. A robustez da infraestrutura dificulta a criação de uma cobertura significativa, sobretudo em áreas afastadas dos grandes centros. O ideal é uma antena a cada poste.

Por isso, a ampliação do 5G é lenta. De acordo com estimativas, ao final de 2021, 25% da população mundial terá algum grau de acesso ao 5G. Até 2025, metade da população terá. A concentração estará ainda na camada desenvolvida, centrada na América do Norte, Europa e Ásia, e dentro delas aos centros urbanos. 

Esses gaps de cobertura vão limitar o aproveitamento de todo o potencial do 5G, sobretudo nas cadeias de suprimentos globais, no médio prazo. A expectativa é que só daqui a 10 anos esses efeitos atinjam o efeito máximo.

Para acelerar o processo, a abertura para a criação de redes 5G privadas, em menor escala, possíveis de serem usadas por empresas, indústrias e até fazendas é uma opção. A solução ajudaria usuários a testar casos de uso e a conectar dispositivos para PoCs, antes de um investimento de maior risco.

Quais os principais impactos da tecnologia 5G na logística?

O principal impacto do 5G na logística é dar vazão à transformação digital e à logística 4.0. Com o 4G, o setor já vem aumentando o seu repertório tecnológico em busca da redução no tempo e planejamento de viagens, custos e, também, impacto ambiental

Mas, com a falta de uma infraestrutura de conectividade que oferecesse baixa latência, velocidade e capacidade de absorver a conexão de vários dispositivos, a própria transformação digital esbarrava em certos limites.

Dispositivos IoT, por exemplo, tinham a baixa conectividade como uma barreira para a sua adoção, assim como analytics em tempo real. Estimativas apontam que o 5G vai viabilizar um mercado de redes de sensores baseados em IoT no valor de $1,9 trilhão. 

Com uma infraestrutura de conectividade robusta, aplicações que reconhecidamente beneficiariam o setor serão possíveis. 

Outra fonte de impactos sobre a logística será a das soluções para cidades inteligentes. Monitoramento de tráfego e outros sistemas para gerenciamento de trânsito auxiliarão o cálculo de rotas e opções por modais, sobretudo na logística last mile.

Aplicações do 5G na logística

O 5G ainda é uma tecnologia emergente. Muitas aplicações estão em fase de testes ou ainda não são possíveis, pela falta de outros equipamentos e tecnologias em massa

Então, quais são os casos de usos reais do 5G na logística? Vamos ver por área.

Armazenamento

Para instalações com mais automação, a necessidade de conectividade para aproveitar melhor os robôs existentes e ampliar o uso é grande. Com o 5G será também mais barato implementá-los.

Cargas que têm necessidade de monitoramento, como vacinas e remédios, também se beneficiam de aplicações ligadas ao 5G. Por exemplo, a sensores poderão fazer um controle de temperatura mais frequente.

Leia mais: WMS: o que é controle digital do armazém?

Gestão de frotas 

Com o 5G, além de tempo e rotas, o monitoramento e a comunicação com os motoristas poderão se dar em tempo real. Dados como velocidade, consumo de combustível, performance de componentes poderão ser acompanhados, independentemente da localização do escritório. Funcionalidades como orientações ao motorista e cálculo de rotas poderão ser entregues, respondendo a condições da viagem ou do clima. O próprio platooning é outra possibilidade aqui.

Veja também: Sistema de gerenciamento de transporte: você ´precisa dele?

Monitoramento de cargas

Updates de envio, pelos problemas de falta de visibilidade sobre a cadeia de suprimentos, são limitados a certos pontos do fluxo, gerando efeitos sobre a qualidade. Com conectividade 5G, o monitoramento e os updates podem ser contínuos.

Logística last mile

Com o aumento de vendas online, melhorar a performance da etapa final da entrega, uma das mais demoradas, se tornou imperativo. O 5G pode facilitar a criação de soluções como drones inteligentes, robôs entregadores e outras voltadas exclusivamente à parte final da cadeia logística.

5G: quem apostar cedo estará à frente

Ainda há um otimismo cauteloso em relação ao 5G, o que não é exclusivo da logística. A tecnologia é emergente, e muitos casos de uso estão em fase de testes. Ainda assim, as organizações que estão à frente desses testes colherão resultados positivos antes, determinando todo o andamento do mercado.

Como a sua organização está encarando o 5G? 

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