Veja como será a posição de gestores de TI no futuro do trabalho com as novas tecnologias impulsionando novas funções e novos desafios para o setor
Quando a pauta sobre o futuro do trabalho em TI surge, a expectativa da maioria das profissionais é que os empregos sejam movidos por tecnologias e as empresas sejam mais orientadas a dados exigindo dos líderes habilidades humanas em áreas como resolução de disfunções, comunicação assertiva e interpretação de dados.
À medida que as máquinas assumem tarefas mecânicas e o trabalho das pessoas se torna mais analítico, técnicas de design thinking passam a ajudar as organizações e líderes de TI a definir novos tipos de capacidades digitais em atividades que têm um viés mais disruptivo.
O advento da comunicação assíncrona e das plataformas de colaboração, associado às mudanças sociais e de mercado, permite a criação de equipes autogerenciáveis, bem como a reinvenção de locais de trabalho em que as interações virtuais são uma realidade.
De acordo com o estudo da Deloitte sobre o futuro do trabalho, as transformações digitais estão afetando três grandes dimensões do trabalho: como ele é feito, quem o faz e o local onde é feito.
Para criar valor a partir dessas mudanças, os insights da consultoria sugerem aos líderes de tecnologia das organizações uma perspectiva mais ampla, que envolve:
- Tornar o trabalho mais valioso e significativo para quem o faz.
- Propor modos de atuação que engajem as forças de trabalho.
- Repensar onde o trabalho é realizado, com modelos híbridos e flexíveis.
Hoje, vemos gestores de TI focados na atração e retenção de talentos. No entanto, o estudo indica que à medida que novos modelos alternativos de trabalho surgem, essa prática tende a mudar no futuro. E isso inclui experiências mais significativas aos profissionais, sugerindo aos líderes de TI refletirem a respeito de questões como:
- De que forma você aproveita as capacidades e habilidades em toda a empresa e no ecossistema mais amplo, incluindo a terceirização de talentos externos e a alavancagem e mobilização de profissionais?
- O que você fornece aos talentos da sua equipe em relação à gama de desenvolvimento, incluindo experiências integradas ao fluxo de seu trabalho, carreiras e vida pessoal?
- Como você interage e apoia suas forças de trabalho, equipes de negócios e parceiros para construir relacionamentos atraentes, incluindo carreiras multidirecionais, fornecendo insights para melhorar a produtividade e o impacto, aproveitando novas formas de equipe e trabalho.
Diante do cenário que se desenha para os próximos anos, qual o perfil do novo líder de TI para aproveitar todos os benefícios do futuro do trabalho?
Neste artigo, vamos mostrar o que esperar do futuro do trabalho no Brasil, qual o perfil do novo líder de TI e como se preparar para as mudanças que devem continuar pelos próximos anos.
O que esperar do futuro do trabalho no Brasil
Uma pesquisa da IDC Brasil, a pedido da Google Workspace, conversou com quase 900 profissionais de grandes empresas brasileiras em diversos setores e tamanhos sobre suas percepções a respeito de colaboração e novas formas de trabalho.
Entre os principais insights, 4 se destacam:
1. Nem 100% digital, nem 100% presencial: híbrido
O trabalho híbrido passou a ser amplamente discutido e a ganhar cada vez mais força e adesão de empresas no Brasil, com 44% delas tendo esse modelo como seu principal formato de trabalho. Entre os motivos que os profissionais valorizam o híbrido está sobretudo a economia de tempo com transporte, segurança quanto à contaminação do COVID-19 e rotina participativa, com quem moram.
2. A relação de troca entre as pessoas está mudando
Ainda que estejam mais afastadas fisicamente, a maioria das pessoas se sente conectada com a equipe e outros colegas da organização. E, mesmo com a alta carga de trabalho, com 62% dos profissionais afirmando que trabalharam mais no período que estão remotos, a grande maioria se sentiu produtiva ou muito produtiva.
3. Um novo sentido para a colaboração entre profissionais
Ao pedir para os profissionais definirem de forma espontânea o significado de colaboração, 98% falou “ajudar”. Além disso, a maioria vê a colaboração como algo corriqueiro e simples. Ao serem questionados sobre qual ação traduziria melhor essa palavra, a maioria disse que a colaboração vem do compartilhamento e da contribuição, de fazer junto.
4. Cultura e tecnologia: juntas potencializando a colaboração
Para a maioria dos profissionais entrevistados, a colaboração acontece mais facilmente quando há uma junção da cultura incentivando essa prática e das ferramentas tecnológicas adequadas. 93% revelaram que se sentiram satisfeitas, confiantes e entusiasmadas ao saberem que suas empresas usavam a solução de colaboração e cultura.
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Quais o perfil do novo líder de TI e como se preparar?
As percepções de profissionais e empresas para se adequar à nova realidade do futuro do trabalho mostram que a sociedade e o mercado estão em constante mudança. Esse fator aliado à inovação digital continua em evolução, nos apresentando novas soluções para os próximos anos.
Portanto, podemos esperar que os desafios para os líderes de TI tornam-se mais complexos, exigindo novas habilidades e soft skills de gestores alinhadas a esse novo contexto, uma vez que eles têm um papel fundamental no engajamento e na produtividade do time de tecnologia.
Gestores de TI mais conservadores, que antes eram acostumados a modelos autoritários de trabalho, centralizados e burocráticos, agora passam a dar espaço a uma liderança mais humanizada, muitas vezes optando por uma gestão compartilhada de TI, diminuindo significativamente o turnover em TI.
De acordo com as tendências da Robert Half, sobre o futuro do trabalho, essa nova realidade pede um novo perfil de líder: o que assume o papel de facilitador da rotina. Assim, a liderança deve ter um caráter que busque minimizar a burocracia, pautado por constantes feedbacks e pela presença colaborativa e não onipresente, colocando-se sempre à disposição e a serviço para apoiar o grupo, tirar dúvidas e encorajá-los a dar o melhor de si.
Para isso, algumas competências socioemocionais são apreciadas, como:
- Inteligência emocional – capacidade de se colocar no lugar do outro, de maneira empática, sabendo dominar os próprios sentimentos.
- Pensamento crítico – facilidade em utilizar a racionalidade e a lógica para resolver um problema.
- Mentalidade analítica – domínio em ferramentas que proporcionam análises e raciocínio baseado em dados.
- Colaboração virtual – necessária para manter a equipe de TI produtiva e engajada, independente da plataforma.
- Negociação interpessoal – aptidão fundamental para evitar conflitos entre colegas no ambiente corporativo.
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As mudanças sobre o futuro do trabalho não vão parar
Em um mundo que caminha para uma mentalidade mais inteligente, com novas tecnologias despontando para percepções mais críticas da realidade, é natural que se espere mudanças no futuro do trabalho.
Com tantas transformações, a tendência é que novos empregos sejam criados, novos perfis de profissionais sejam exigidos e novas demandas digitais continuem a mudar nosso modo de viver e trabalhar.
O futuro promete formas de trabalho mais fluidas, com opções de contratações variadas, desde modelos mais rígidos até contratação por projetos. As organizações, possivelmente passarão a ver o trabalho cada vez mais estratégico, de acordo com as necessidades da operação.
Profissionais de TI terceirizados passaram a ser cada vez mais requisitados para tarefas específicas, com alta qualificação, enquanto funcionários contratados focam em processos contínuos.
Nesse cenário fluido, os locais de trabalho em qualquer lugar são priorizados. Assim como o recrutamento em TI no futuro do trabalho precisará ser mais sensível e inovador para se alinhar às expectativas das novas gerações de trabalhadores.
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