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Veja que tecnologias estarão no topo das prioridades de inovação na saúde

A saúde está passando por vários desafios, muitos deles de longa data, outros novos, radicalizados ou criados pela pandemia. De acordo com o Gartner, 63% dos serviços estão enfrentando severas disrupções. Para citar alguns motivos: mudanças organizacionais, alto custo da oferta de serviços, compliance, falta de profissionais e mudanças nas demandas dos consumidores

Para alguns, demorou para o setor usar uma abordagem digital-first para responder a tais questões. A transformação digital e a inovação na saúde já não são uma possibilidade, mas um imperativo. É por meio delas que as melhores empresas do segmento estão respondendo aos desafios.

A vantagem é que a tecnologia pode fazer diferença real na saúde. Não são poucas as opções capazes auxiliar o exercício da medicina e a gestão em saúde

Mas quais têm aplicações iminentes e de grande impacto na saúde? Acompanhe as principais tecnologias por trás da inovação em saúde, neste artigo.

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O cenário de inovação na saúde

As tecnologias estão reinventando produtos e serviços, e a vivência de uma realidade digital-first – a exemplo de outros serviços – tem se aproximado da saúde, o que criou um cenário propício à inovação. 

A exigência é dos próprios pacientes, que dão preferência ao atendimento sob demanda, baseado na conveniência (quando e onde ele quer); na busca de informação online; e no customer success.

A telemedicina também tem sido um fator de peso. Embora autorizado apenas enquanto durar a crise pandêmica, o modelo está sendo, mais do que testado, evoluído, com aplicações para emergências de baixa gravidade e para acompanhamento de crônicos, por exemplo.

De acordo com relatório da Premier, cerca de 30% dos atendimentos de crônicos em emergência são desnecessários. Eles geram um adicional de $ 8,3 bilhões de custos ao setor. Ainda segundo o relatório, cerca de seis doenças crônicas perfazem 60% dos atendimentos de emergência. Destes, 60% poderiam ser evitados ou tratados de maneiras mais simples, sem recorrer a um pronto atendimento.

A percepção de que a inovação na saúde vai levar a um impacto positivo, mitigando problemas do setor, é ampla. Porém, a saúde ainda fica para trás de outros setores em relação à inovação. 

O guia dos CIOs sobre desenvolvimento em plataformas low-code

7 tecnologias inovadoras na Saúde

1. Inteligência artificial

A inteligência artificial é uma promessa que, aos poucos, vem se tornando realidade no setor da saúde.

Segundo dados da GVR, o mercado de inteligência artificial na saúde vai crescer a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 41,8% até 2028. 

As aplicações da IA no atendimento hospitalar são inúmeras, em todas as fases do atendimento e na própria gestão hospitalar. Dentre as principais:

  • Diagnóstico
  • Monitoramento
  • Tratamento
  • Gestão da cadeia de suprimentos da saúde e
  • Pesquisa.

Os benefícios vão de economia e otimização de recursos a rapidez e precisão no tempo de resposta. O uso da tecnologia, no entanto, levanta dilemas éticos relevantes para o segmento. Algoritmos ainda estão sujeitos a vieses de desenvolvimento, além de se basearem em grandes bases de dados sensíveis.

Veja também: Quais os principais riscos da IA?

2. RPA 

A RPA é outra inovação na saúde a ser observada. Segundo o estudo Automation with Intelligence, da Deloitte, em 2020, 73% das empresas buscavam a automação em escala. A porcentagem era de 58% em 2019. 

Os benefícios da automação incluem eficiência operacional, redução de custos, padronização e escala, além de a tecnologia ser, por via de regra, a porta de entrada para projetos mais robustos, como os baseados em IA.

As aplicações em RPA geralmente são simples, mas têm um poder de diminuir o peso da execução de tarefas burocráticas ou pouco produtivas sobre humanos. A tecnologia, por exemplo, é capaz de fazer verificação de informações de várias plataformas, extração de dados e compartilhamento com outras plataformas. 

Leia mais: RPA na saúde: como obter maior precisão e rapidez nos processos

3. Blockchain para cuidados de saúde

Como a medicina lida com dados sensíveis, segurança e privacidade são problemas graves na transferência de dados entre dispositivos e provedores. Não por acaso o setor tem sido visado por cibercriminosos, o que torna a segurança da informação uma top prioridade dos serviços de saúde.

O blockchain tem se apresentado como alternativa efetiva para prevenir vazamentos, fraudes e todos os custos disso, com a vantagem de eliminar intermediários. Assim, além de aumentar o nível de segurança de transações do setor, ele elimina a burocracia. 

Apesar de desacreditado por muitos pelo custo, as aplicações no setor de saúde estão surgindo. O valor do mercado do blockchain na saúde deve alcançar $ 890,5 milhões até 2023.

4. Internet das coisas (IoT) na saúde

Há quem diga que 2020 foi um divisor de águas para a aplicação de IoT na saúde. Os dados corroboram a tese. O relatório da Global Forecast estimou o crescimento no mercado de IoT na saúde em 21% ao ano até 2025, quando chegaria a US$ 188,2 bilhões.

O consórcio McKinsey, Fundação CPqD e Pereira Neto Macedo, avaliou em 2018 que o mercado de IoT seria, até 2025, de US$ 1,7 trilhão no mundo, US$ 39 bilhões deles no Brasil.

O poder está na conectividade dos sensores aos próprios sistemas hospitalares, que garante dados centralizados, conveniência, eficiência e economia, além de viabilizar um modelo remoto de acompanhamento, por exemplo, por meio dos wearables. Entre as inúmeras possibilidades de utilização, é possível:

  • Implantes inteligentes
  • Registro de informações de maneira autônoma
  • Compartilhamento de dados facilitado
  • Monitoramento do paciente de forma contínua
  • Monitoramento de vacinas
  • Rastreamento de suprimentos
  • Diagnóstico e
  • Manejo de medicamentos.

Porém, como toda tecnologia emergente, a IoT tem seus desafios, sobretudo os relacionados a falta de maturidade dos fornecedores, dificuldade de contratar mão de obra capacitada, complexidade e custo da escala e cibersegurança.

5. Big data e analytics

Serviços de saúde geram grandes datasets com alta velocidade e mantêm grande volume de diferentes tipos de informações valiosas e verídicas. Todas essas condições para o uso de big data e analytics.

Investir na organização de dados, estruturados e não estruturados, em big data e analytics pode ser a resposta para a solução dos inúmeros problemas do setor, mas também no desenvolvimento de mais inovação na saúde.

O mercado de big data na saúde terá um crescimento de 22%, até 2022, quando o valor do mercado chegará a $ 34 bilhões. 

6. Realidade aumentada e virtual

Imagine médicos poderem, equipados com óculos de realidade virtual, ter a visão de um paciente que está dentro da ambulância. Por uma plataforma, eles acompanham em tempo real os sinais vitais do paciente, enquanto guiam a ação dos paramédicos que estão de fato na ambulância. Com os dados já disponíveis no hospital que vai atender o paciente, a admissão e o encaminhamento é imediato. 

Tais soluções podem determinar o desfecho de casos graves, cuja intervenção efetiva imediata significa a vida ou a morte do paciente. Mas há outras aplicações bem documentadas, como: 

  • Tratamentos para fobias
  • Reabilitação
  • Treinamentos para os profissionais
  • Fisioterapia e 
  • Manejo da dor.

Com isso, o valor da realidade virtual e aumentada na saúde já é percebido pelo segmento. Tanto que é esperado que o mercado para a tecnologia alcance o valor de $ 5,1 bilhões até 2025.

7. Impressões 3D

Pode parecer difícil imaginar como seria o uso de impressão tridimensional na saúde. No setor, essa inovação pode ser uma importante aliada nos tratamentos, diagnósticos e cirurgias.

Uma das áreas médicas que podem ganhar muito com isso é a radiologia, sendo possível imprimir em 3D as dimensões dos resultados de imagem de exames.

Mas, além dela, a cirurgia também pode ser muito favorecida, com a possibilidade de simular antecipadamente uma cirurgia com o objetivo de elaborar um plano de ação muito melhor. É possível também:

  • Identificar tumores: com os resultados digitais é possível visualizar melhor os achados médicos, localizá-los mais rapidamente, diminuindo o tempo de operação e aumentando as chances de acerto nas incisões.
  • Imprimir próteses e implantes: além dos exames, o uso da impressora 3D pode criar estruturas customizadas para cada paciente, como por exemplo, ossos.
  • Reconstituição de rosto: com ela torna-se possível antecipar e planejar a reconstrução da face de um paciente com mais consistência.

Inovação é essencial para a saúde

A saúde vai inovar porque precisa. A vantagem é que são inúmeras as soluções que podem beneficiar o setor, mitigando alguns desafios dos problemas. 

Uma vez observadas as possibilidades, no entanto, as empresas vão precisar construir uma estratégia de inovação, dando prioridade a tecnologias e setores.

Para continuar a se aprofundar no assunto, leia também como alavancar soluções digitais para a saúde.

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