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Saiba como manter a integridade corporativa da organização a partir de boas práticas em ambientes empresariais

Em resposta a uma demanda da sociedade por padrões de responsabilidade social, ambiental e de governança (ESG) por parte das organizações, a integridade corporativa vem sendo valorizada por executivos em todo o mundo. 

De acordo com o 2022 EY Global Integrity Report, atualmente, mais empresas estão investindo em treinamento de integridade corporativa e publicaram declarações de valores organizacionais ou códigos de conduta. Tanto que 97% dos entrevistados concordam que a integridade é importante. 

No entanto, segundo o relatório, 55% dos empresários afirmam que os padrões de integridade nas organizações permanecem os mesmos ou pioraram nos últimos 18 meses. Para 41% dos entrevistados, a pandemia da COVID-19 dificultou a realização de negócios com integridade.

O relatório mostra ainda que há uma confusão em relação à integridade corporativa. 33% dos entrevistados diz que se comportar com padrões éticos é uma característica importante de integridade, enquanto metade (50%) cita o cumprimento de leis, regulamentos e códigos de conduta. 

Segundo Katharina Weghmann, da Forensic & Integrity Services, Ernst & Young GmbH: 

Integridade é um conceito difícil de definir, pois as empresas enfrentam diferentes dilemas éticos. Trata-se de tornar o intangível tangível, de comprometer-se com a interdependência dos negócios e da sociedade, incorporando a integridade na cultura e nos comportamentos da organização. Uma agenda de integridade progressiva vai além do cumprimento restritivo (o que a lei impede); compliance oportunista (o que a lei permite); e evitar litígios.

Então, como colocar em prática a integridade corporativa?

Neste post, vamos abordar a evolução da integridade corporativa no Brasil, quais os desafios para criar um ambiente empresarial favorável e 10 boas práticas para você tornar realidade a integridade corporativa na sua empresa.

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A evolução da integridade corporativa no Brasil

De acordo com a pesquisa da Deloitte ‘Integridade corporativa no Brasil – Evolução do compliance e das boas práticas empresariais nos últimos anos’, as empresas apresentaram evolução na adoção de práticas de compliance no país, até como reflexo de uma sofisticação do ambiente regulamentar no país, com a entrada em vigor de leis como a Lei Anticorrupção e a Lei de Governança em Estatais. 

No entanto, observa-se que ainda há espaço para crescimento na implementação de medidas de conformidade entre as organizações no Brasil, uma vez que apenas dois terços estão em fase de adoção de ao menos 15 das 30 práticas pesquisadas até 2020.

Os resultados da pesquisa também revelam que empresas menores (com receita menor do que R$ 100 milhões) estão promovendo um salto na adoção de práticas de compliance, mas ainda estão longe do patamar das organizações de maior porte. 

As empresas de capital nacional também seguem em trajetória de evolução e estão, atualmente, bem próximas do patamar das empresas de capital estrangeiro ou misto.

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Um dos crescimentos mais expressivos nos últimos dois anos em relação à integridade corporativa foi a avaliação de riscos da cadeia de fornecedores, com 62% de aumento. Isso sinaliza um desafio de um novo ecossistema de negócios, de forte cooperação entre as empresas, em que colaboração demanda conformidade.

Outro dado relevante da pesquisa que foi observado é que medidas de controles se intensificam no bojo da busca das organizações por ajustar seus processos a novas regulações e demandas de negócios. Assim como uma maior formalização de procedimentos e incorporação de tendências em códigos e políticas. O que reflete uma realidade de negócios de maior transparência.

Saiba mais: Transformação organizacional: sua empresa está no caminho certo?

Desafios de criar um ambiente favorável à integridade corporativa

Como mencionamos anteriormente, de acordo com o relatório de integridade global da EY, as organizações tiveram crescimento em programas de conformidade nos últimos anos, mas os dados também demonstram que houve falha em lidar com o comportamento antiético.

Apesar do número de treinamentos  regulares sobre requisitos legais ou profissionais legais relevantes terem aumentado, com 46% das organizações praticando em 2022, em relação a 38% em 2020, a pesquisa destaca que esse aumento de investimento não está sendo comunicado de forma eficaz e a alta administração muitas vezes confia demais na eficácia de seus programas de integridade corporativa.

Há também uma lacuna entre as opiniões dos membros do conselho e dos funcionários em relação à conscientização sobre as políticas de trabalho em casa (80% vs. 51%) e conscientização sobre o treinamento sobre regulamentos de privacidade de dados (52% vs. 35%).

Andrew Gordon, líder global de serviços forenses e de integridade da EY, comentou: 

Embora as organizações estejam investindo mais em programas de comunicação e treinamento, isso não é suficiente. Há uma divisão preocupante entre investimento em ação e mudança genuína. Uma forte cultura de integridade é vital, e as empresas devem revisar o que está funcionando e onde há problemas a serem resolvidos.

Juntamente com a conscientização, outro desafio parece ser na compreensão limitada da importância crítica da integridade, além do cumprimento de regras e regulamentos. Para Gordon:

Uma agenda de integridade progressiva vai além de estruturas e políticas – as empresas devem olhar além da marcação de caixas e se concentrar na criação de uma cultura de integridade em todos os níveis dentro de suas organizações. Os líderes não devem ter a ilusão de que a integridade é uma solução fácil; no entanto, o primeiro passo é definir o tom certo a partir do topo.

Leia também: Segurança cibernética: por que investir é essencial para os negócios?

10 boas práticas para tornar realidade a integridade corporativa

Apesar de ser uma solução complexa, investir na integridade corporativa é fundamental para uma empresa que quer ter como base pilares éticos e sólidos.

Cada vez mais, organizações devem se esforçar para adotar uma abordagem holística, no sentido de se comprometer como um todo para manter sua integridade corporativa.

Para isso, algumas iniciativas e ações precisam ser tomadas por líderes da empresa, para a realização de um programa efetivo de compliance.

De acordo com publicação da KPMG, os 10 elementos que compreendem uma abordagem ampla e eficaz para a integridade corporativa são:

  1. Ter um código de conduta que articula os valores e padrões da organização;
  2. Contar com o comprometimento da alta administração, com adoção de uma estrutura adequada e focada para endereçar controles e iniciativas de ética e/ou de compliance;
  3. Aplicar procedimentos de avaliação e seleção de profissionais que privilegie as ações de compliance;
  4. Realizar Due diligence de terceiros;
  5. Fomentar treinamento e comunicação de seu código de conduta e de seus valores;
  6. Suscitar monitoramento e auditoria de conformidade dos profissionais quanto ao código de conduta e políticas internas;
  7. Ter ou providenciar uma linha direta confidencial e anônima para denunciar condutas impróprias;
  8. Aplicar políticas para investigar e tomar medidas corretivas se houver alegação de má conduta e para responsabilizar profissionais e gestores por violações no código de conduta e políticas internas;
  9. Incentivar os funcionários respeitarem o código de conduta; e
  10. Realizar procedimentos perenes de avaliação de riscos e de efetividade dos controles.

A publicação indica ainda que organizações que não seguem boas práticas como essas prejudicam não apenas o público interno, mas, também, stakeholders, parceiros e acionistas. 

Assim, adotar um programa rigoroso de compliance e governança visando a integridade corporativa ajuda a proteger a reputação da sua empresa e garantir a longevidade dos negócios.

Veja ainda: Da solução à empresa toda: quem é o arquiteto corporativo?

Incorporando a integridade corporativa na cultura organizacional

Como vimos, colocar em prática a integridade corporativa não é uma tarefa fácil para as organizações.

Afinal, o cenário de negócios evoluiu nos últimos anos e há muitos novos desafios em relação a compliance e governança que as empresas precisam enfrentar. 

Gerenciar a integridade corporativa em um mundo híbrido cria novos riscos e adaptar seus processos para estar em conformidade à nova realidade já não é uma opção para as organizações que desejam se manter competitivas no mercado.

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