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2020 foi um divisor de águas para a aplicação da IoT nos hospitais. Veja o que considerar em sua estratégia.

Resultado dos avanços em tecnologias como cloud computing e das preocupações com a pandemia do novo coronavírus, os hospitais e o ecossistema da saúde como um todo estão passando por uma verdadeira transformação, que passa tanto por ampliar vias de acesso aos serviços de saúde quanto maneiras de cuidar. E muitas delas são realizadas por meio de uma tecnologia cuja aplicação é bem natural em hospitais: a Internet das Coisas – IoT.

Internet da coisas é uma rede de dispositivos – como carros, relógios e monitores cardíacos – capazes, por meio de sensores e de câmeras, de coletar dados e, por meio de algoritmos, analisá-los em tempo real, tornando-os inteligentes.

Cada vez mais barata, rápida e confiável, a IoT promete e puxa um grande mercado. Em 2019, o Gartner previa que o número de dispositivos com Internet das Coisas no mundo chegaria a 20,4 bilhões em 2020.

Em julho de 2020, o crescimento no mercado de IoT nos hospitais e na saúde em geral foi projetado em 21% ao ano até 2025, quando chegaria ao patamar de US$ 188,2 bilhões, de acordo com relatório do Global Forecast.

Já o consórcio McKinsey, Fundação CPqD e Pereira Neto Macedo, em 2018, estimou que até 2025 o mercado gerado pela IoT seja de US$ 1,7 trilhão no mundo, US$ 39 bilhões dos quais no Brasil.

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Dados de 2019, trazidos na IoT Snapshot 2019, mostram ainda que 42% das empresas acreditam que a IoT tem alta importância e que 35% das empresas brasileiras que participaram do estudo já tinham alguma iniciativa em IoT.

Os números são superlativos, o que demonstra o entusiasmo com a IoT, sobretudo em suas aplicações na medicina, que foram catalisadas pela pandemia do novo coronavírus e seus impactos no setor de saúde. Boa parte deste mercado está dentro dos hospitais – de centros cirúrgicos a clínicas médicas -, com fins de monitoramento, bem-estar e aplicações vestíveis, beneficiando pacientes e médicos.

Neste post, à luz das várias oportunidades , vamos falar a respeito de aplicações, benefícios e, por fim, o que considerar ao planejar uma estratégia em IoT em hospitais.

Aplicações da IoT nos hospitais

Em hospitais, a IoT já é usada e tem grande potencial para novos usos em etapas de cuidado e tratamento de pacientes e operações como:

  • Triagem de pacientes;
  • Manutenção preditiva de equipamentos;
  • Sistemas para monitoramento de vacinas;
  • Rastreamento de suprimentos, remédios e outros ativos, como OPMEs;
  • Monitoramento multiparâmetro de paciente (batimentos cardíacos, pressão arterial, glicemia, temperatura etc.) em tempo real, presencial ou remoto;
  • Manejo correto de medicamentos em tratamentos curtos ou para crônicos; e
  • Sistemas de monitoramento de conformidade com padrões de higiene e limpeza.
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Benefícios da IoT nos hospitais

Os maiores benefícios da IoT nos hospitais têm a ver com a possibilidade de acompanhamento em tempo real, ou seja, consistente. Consequentemente, com o benefício da detectação precoce de alterações em processos, pacientes e ferramentas, subsidiando a tomada de decisão do corpo clínico e administrativo com vistas a:

  • aumentar o acesso à saúde;
  • aumentar o conforto e conveniência ao descentralizar a prestação de serviços em saúde;
  • individualizar e humanizar o atendimento em saúde;
  • prevenir e diminuir riscos como o de infecções hospitalares e taxas de internação em unidades intensivas;
  • melhorar a consistência da qualidade do atendimento;
  • aumentar a eficiência e efetividade da prestação de atendimento em saúde;
  • viabilizar ações em saúde e tratamentos remotos em telemedicina;
  • gerar economia com intervenções desnecessárias ou manutenção de sistemas; e
  • melhorar a experiência do paciente com os serviços de saúde.

5 pontos a considerar em uma estratégia de IoT nos hospitais

Como toda inovação, a IoT em hospitais não está livre de vir sem seus pontos de atenção e desafios.

Vamos elencar cinco deles, além de outros que vêm na esteira destes, que devem ser considerados dentro de uma estratégia em IoT para hospital.

1. Retorno sobre o investimento (ROI)

Apesar de muitas oportunidades, instaurou-se, sobretudo após os impactos da pandemia sobre os sistemas de saúde, um momento de muito medo e de incerteza. Então, mais do que entusiasmo, é preciso, para captar as oportunidades certas, investimento e realismo em relação ao futuro – o que tem sido desafiador.

Além disso, é importante garantir que os projetos em IoT sejam implementados e escalados adequadamente. Mais do que a função inovadora pura e simples, existe um ROI que justifique o investimento em IoT dentro do hospital?

Para tal, o papel da TI deve tocar o âmbito de negócio e da inovação, além de sua função de área de apoio.

2. Heterogeneidade tecnológica

Como toda tecnologia emergente, a IoT nos hospitais também não tem ainda um standard. Cada fornecedor é completamente diferente do outro, assim como protocolos e políticas.

A falta de maturidade das soluções dos fornecedores gera, dentro dos hospitais, dificuldades em relação a conhecimento e capacitação da mão de obra, mas também em relação a integração com tecnologias legadas.

3. Complexidade e custo

O uso de IoT em hospitais não vem sozinho, mas atrelado a outras tecnologias que garantam a conectividade e disponibilidade ininterrupta de suas soluções, como inteligência artificial e 5G, que ainda carecem de evolução consistente no mercado de saúde.

Por isso, os fatores complexidade e custo da aplicação da IoT em hospitais têm sido os principais inibidores da adoção da tecnologia.

4. Escala

Ao partir de projetos-piloto para expansões para todo o hospital, é difícil calcular a quantidade de pontos necessários em uma sala ou hospital inteiro. Por isso facilmente isso se torna um volume imenso de evolução.

Segundo a pesquisa IoT Snapshot 2019, é nesse momento de escalada que a cultura organizacional pouco inovadora e a dificuldade de integração da IoT com os sistemas legados são mais sentidos.

5. Segurança de ponta a ponta e compliance

Segurança e privacidade, assim como adequação às legislações de um setor tão regulado quanto saúde, são outras das grandes dificuldades da adoção da IoT em hospitais.

À medida que aumenta a quantidade de dispositivos conectados, aumentam também as possíveis portas para a entrada de ameaças em cibersegurança e a necessidade de controle de segurança.

Em saúde, em particular, esses alvos são muito atrativos a cibercriminosos, segundo ressalta David Hassman, Head de Desenvolvimento e Estratégia Coporativa da Syniverse, para a Healthcare. O valor das informações de pacientes, dada seu alto nível de sensibilidade, é alto. Ademais, sendo parte da infraestrutura de um país, um ataque provoca grandes consequências tanto financeiras quanto reputacionais, o que também chama a atenção de cibercriminosos.

Toda a estratégia em IoT nos hospitais deve envolver uma gestão de riscos que inclua em seu bojo pessoas, processos e ferramentas.

IoT nos hospitais: de hype a must-have

Amplitude de aplicações e benefícios fizeram a aplicação da IoT em hospitais deixar de ser mais apenas um hype para se tornar um must-have.

No entanto, ainda estamos nos primeiros passos da realização de seu potencial completo na saúde. Como toda tecnologia em expansão de casos de uso e de aplicações, a maturidade da IoT está se consolidando à medida que ganha relevância dentro das organizações.

Vimos alguns dos desafios que isso traz: dificuldade de entender o ROI envolvido, de heterogeneidade tecnológica, complexidade, escala e segurança, e na esteira deles infraestrutura e conhecimento das equipes internas, todos eles permeados por uma cultura organizacional que abraça a inovação e a transformação digital.

Na prática, isso demandará, além de uma estratégia que envolva nos negócios o time de TI e a construção de conhecimento nas equipes internas, a busca de fornecedores preparados para ajudar você a dar esse passo.

A Supero é um deles. Fale com um de nossos consultores agora, sem compromisso.

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