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Entenda o que são e quais as diferenças entre Kubernetes e Docker contêineres  

A necessidade de transferir aplicações de um ambiente computacional para outro com segurança e rapidez tornou-se crítica para os negócios e times de desenvolvimento e operações. E foi materializada pelo conceito de contêiner, que tira mais esse problema da frente, encapsulando as aplicações em uma estrutura isolada e portáril.  

Embora a ideia não seja nova, sua chegada ao mercado é relativamente recente. Se deu em 2013, com o lançamento do Docker. E desde então, não para de crescer, como mostram as buscas pelo termo Docker e Kubernetes, abaixo: 

kubernetes vs. docker

O crescimento demonstrado pelas buscas é corroborado pela rápida adoção da conteinerização. De acordo com uma pesquisa da Cloud Native Computing Foundation, 84% das empresas estão usando contêineres na produção em 2020. O aumento em relação a 2016 é de 23%.  

Segundo a Gartner, até 2023, 70% das organizações terão rodado três ou mais aplicações conteinerizadas. Contêineres, Kubernetes e microsserviços têm sido a regra das organizações que estão inovando por meio da transformação digital. 

Saiba mais: Como ter sucesso com microsserviços?

Mas nosso tema é Kubernetes vs. Docker. O que as pessoas querem dizer quando se referem a contraposição? É o que veremos neste post. 

Para isso, vamos entender o que é contêiner, o que é Docker, o que é Kubernetes e como ambos diferem ou equivalem. 

O que são contêiners? 

O conceito de contêiner resolve um dos grandes problemas de desenvolvimento: o código que roda bem no ambiente de desenvolvimento, mas que, ao ser movido para outro ambiente, simplesmente não funciona. Como? 

Contêiner é o encapsulamento do código e de todas as dependências, libraries, bins e files que ele precisa para rodar. Com isso, ele é isolado do seu ambiente de origem, garantindo sua portabilidade para qualquer outro ambiente. Em bom português, basta codificar uma vez, que você executa em todo lugar, do Linux para o Windows, on-premise ou em cloud computing.

Leia também: Quando é hora de migrar do data center on-premise para a cloud?

Com o isolamento entre os contêineres, a falha de um não afeta os outros, o que facilita a identificação e correção de problemas técnicos, assim como a invasão de um por um código malicioso é prevenida nos outros.  

E tem mais vantagens dos contêineres sobre a tradicional virtualização: por poderem compartilhar um sistema de operações (OS) comum mesmo isolados, eles são mais leves e consomem menos recursos. Libraries e bins podem ser compartilhados entre vários contêineres, eliminando a necessidade de cópias que têm as máquinas virtuais – VMs.  

Mas, para isso acontecer, eles precisam de uma plataforma de contêineres. O Docker é uma delas. 

O que é Docker: a plataforma de contêineres 

Criado por uma empresa homônima e lançado em 2013, o Docker é uma plataforma open source para construir, armazenar, distribuir e rodar contêineres.  

De desktop a cloud, o Docker é considerado padrão e a ferramenta mais popular: é  usado por milhões de desenvolvedores para construir e compartilhar aplicações conteinerizadas. Para termos uma ideia de volume, 30% das empresas usavam Docker em ambientes AWS, em 2019. 

Embora seja uma das ferramentas de conteinerização mais usadas e conhecidas, o Docker não está sozinho. Há outros fornecedores no ecossistema: ConteinerD, CoreOS, Canonical, LXC Linux Conteiners, CRIO-D e Mesos Containerizer. 

Poder construir, armazenar, compartilhar e rodar contêineres é bastante coisa, mas ainda não é tudo. Eles precisam ser coordenados e monitorados, sobretudo quando aplicações crescem, abrangendo centenas e milhares de contêineres.  

Precisamos garantir que a atualização de uma aplicação não interrompa o serviço, para que mantenha a qualidade da aplicação etc. Então, é necessário um gerenciador de contêineres. E o Kubernetes é uma ferramenta para isso. 

O que é Kubernetes: o gerenciador de contêineres 

Kubernetes – K8s ou Kube – é uma plataforma open source de implantação, dimensionamento e gerenciamento dos contêineres de uma aplicação – em ambientes privados, públicos ou híbridos – por meio do agrupamento de unidades lógicas (pods). Colocado de outro modo, seria o próximo passo para quem já está usando contêineres Docker ou outro.  

Criado pelo Google e doado à CNCF – Cloud Native Computing Foundation em 2014, ele é considerado um padrão, além de ser líder no seu segmento. De acordo com pesquisa da CNCF, quase 80% das empresas levantadas usavam Kubernetes para gerenciar seus contêineres.  

O sistema permite, entre outras coisas, a automatização da implementação, rollouts, load balance, escala e storage.  Tem suporte a várias ferramentas de conteinerização e é suportado pela maioria dos provedores de cloud:  

  • Google Kubernetes Engine – GKE  
  • Microsoft’s Azure Jukernetes Service – AKS  
  • Amazon Elastic Kubernetes Service – EKS 
  • Openshift, da Red Hat’s 
  • Racher, do RancherLabs etc.  

Apesar de ser considerado complexo, seus principais benefícios são alta disponibilidade, autoescalabilidade e um forte ecossistema. Isso torna o Kubernetes normalmente levado em consideração pelas organizações que pretendem automatizar a gestão de seus contêineres.  

Mas o Kubernetes não está sozinho. Além dele, existem ainda o Apache Mesos e o Docker Swarm, entre as ferramentas de orquestração de contêineres mais conhecidas.  

Veja: Cloud: por que você precisa no home office agora

Qual a diferença entre Docker e Kubernetes? 

Como vimos, Docker é uma plataforma de conteinerização, capaz de construir, distribuir e rodar contêineres Docker.  

Já Kubernetes é uma plataforma de orquestração de contêineres para plataformas como Docker. 

Isso significa, em primeiro lugar, que são tecnologias completamente diferentes, mas que podem trabalhar muito bem juntas. Então, a relação não é de contraposição – marcada pelo versus -, mas de complementariedade. 

No entanto, a junção não é obrigatória. É bem comum que o Docker seja usado sem o Kubernetes. Aliás, essa é a regra, por vários motivos. Por óbvio, o Kubernetes não pode ser usado sem contêineres, como Docker. 

Se não é à plataforma Docker que a contraposição Kubernetes versus Docker se refere, então a que é? Ao Docker Swarm, que mencionamos acima. 

Kubernetes vs. Docker Swarm: os verdadeiros concorrentes 

Agora sim temos uma comparação entre equivalentes.  

O Docker Swarm é a solução open source Docker nativa para clusterização de contêineres, assim como o Kubernetes.  

Na medida em que é integrado com o ecossistema Docker, o Docker Swarm dispõe da facilidade da integração com suas próprias APIs e é considerado fácil de instalar em ambientes Docker.  

As mesmas vantagens de estar em um ecossistema trazem desvantagens, como menos funcionalidades, dificuldade de separar ambientes de desenvolvimento, teste e produção, e limitadas possibilidades de customização. Tais características o tornam mais adequado para ambientes menores. 

Kubernetes, por outro lado, conta com mais possibilidades de customização e flexibilidade, no entanto com uma curva de aprendizado inicial mais longa. 

Mas nada impede que ambos sejam utilizados na aplicação.

Kubernetes vs Docker: entre a conjunção e a disjunção 

Vimos que Docker e Kubernetes, enquanto um é plataforma de contêineres e o outro plataforma de orquestração de contêineres, podem trabalhar juntos, permitindo que softwares rodem com mais confiança quando movidos de um ambiente computacional para outro. 

Já Docker Swarm ou Kubernetes são ambos orquestradores de contêineres. Por isso, podem ser avaliados em termos de similaridades e diferenças, prós e contras, antes de uma possível escolha. 

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