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Mesmo com setores de TI sobrecarregados e inclinados à solução, CIOs precisam dar apoio para que a adesão de ferramentas low-code dar certo 

Na esteira de previsões como a do Gartner, o low-code vem chamando a atenção das organizações por acelerar a transformação da experiência digital do cliente. Segundo a consultoria, até 2024, 80% dos produtos da tecnologia serão feitos por profissionais que não são totalmente técnicos, e 65% deles, em plataformas low-code. Com isso, o mercado mundial de tecnologias de desenvolvimento low-code deve chegar a US $13,8 bilhões em 2021, um aumento de 22,6% em relação a 2020.

A atenção dos CIOs tem por trás a necessidade. A demanda da TI vem aumentando consistentemente ano a ano, com a transformação digital. E, a pandemia só acelerou o processo de digitalização, deixando equipes de TI ainda mais sobrecarregadas. É o que mostra o estado da Salesforce, com números como estes:

  • 92% dos líderes de TI afirmam que seu trabalho tem impacto crescente nos negócios; 
  • 96% dizem que a demanda das áreas de negócio por apps e processos aumentou;
  • 88% revelam que seus workloads aumentaram substancialmente nos últimos 12 meses;
  • 70% temem que o aumento de atividades freie sua capacidade de inovar. 

Diante desse cenários, os CIOs querem aderir ao low-code? E se sim, qual o papel da TI e dos CIOs na adoção de uma plataforma de mercado? Neste post, vamos responder a essas perguntas.

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Faltam horas no expediente da TI: o que os CIOs pensam do low-code

Se o mercado quer low-code, isso não significa que os CIOs queiram a mesma coisa. Ou eles querem? 

A mesma pesquisa da Salesforce, citada anteriormente, levantou a visão dos CIOs em relação ao uso de ferramentas de low-code por criadores que não são da TI e se eles adeririam a uma plataforma. E eles confirmaram a ascensão da solução:

  • 83% dos líderes de TI já estão apostando em plataformas de pouco código;
  • 81% acha que as áreas de negócio deveriam construir seus próprios apps; e 
  • 92% se sentem confortáveis com o uso de plataformas low-code por outras áreas.

O  pragmatismo dos CIOs não espanta. A necessidade de montar uma empresa digital, plenamente funcional, seja para atender as demandas do mercado, seja para atender as restrições da pandemia, elevou a pressão sobre os líderes. Há mais demandas no backlog, todas com alto grau de urgência.

Essa expectativa, aliada à dificuldade de contratar em TI, reforçou ainda mais a ideia do low-code. Há um apagão de mão de obra, o que vem gerando problemas como supersalários, senioridade inadequada, altíssimo turnover, quando não atrasos nos projetos.

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Low-code: uma solução viável

Em um universo dinâmico e acelerado como o da TI, ferramentas de desenvolvimento low-code fazem brilhar os olhos das organizações, afinal com apenas alguns cliques não-programadores conseguem criar um aplicativo simples em pouco tempo. Mas o que os CIOs esperam dessas ferramentas?

Entre os principais benefícios do low-code, selecionamos 6 para ficar de olho:

1. Velocidade

O loop de clique, compilação e teste costuma ser tão rápido o suficiente para que usuários ágeis possam desenvolver aplicativos em questão de minutos.

2. Estabilidade

Software customizado é difícil para as empresas manterem. As ferramentas de baixo código amortizam os custos de suporte em todas as instalações.

3. Capacidade

Uma boa plataforma de low-code não apenas ajuda o departamento de TI como ajuda organizações sem orçamento suficiente para financiar uma equipe de desenvolvimento.

4. Consistência

Produzir um aplicativo com uma solução de baixo código oferece a segurança de construir em uma coleção amplamente usada de widgets de interface do usuário. 

5. Segurança

As plataformas de low-code geralmente já são projetadas para lidar com desafios, como segurança ou privacidade de dados.

6. Simplicidade

Projetadas para serem simples, com as ferramentas low-code, os desenvolvedores podem se preocupam não só com os códigos mas também com o negócio.

Mas, apesar de desenvolver low-code costumar ser mais simples do que começar programação do zero, não se iluda, há alguns desafios que precisam ser superados.

Veja: Clean code: quais os impactos do spaghetti code e como melhorar?

Obstáculos para a adoção do low-code

Apesar das vantagens e do seu potencial simplificador, há obstáculos em torno do low-code que podem atrapalhar os CIOs nas suas jornadas de transformação digital.

De acordo com estudo da Creatio, de cada três citizen developers, dois são relacionados com a TI. Só 6% do desenvolvimento em low-code é feito apenas por usuários de negócios, sem nenhum envolvimento da TI. 

Outro grande obstáculo é a qualificação dos profissionais e portanto a falta de treinamento oferecido a eles. A pouca experiência com plataformas low-code afeta 60% dos entrevistados pela Creatio.

Há ainda outro problema, relacionado à qualidade da aplicação: a dívida técnica, resultando em falhas estruturais no código. Pois, mesmo que os desenvolvedores não escrevam códigos com aplicativos e plataformas de baixo código, ainda existe a necessidade de integrações, que precisam de cuidados para evitar violações.

Questões relacionadas à segurança, governança e testes também costumam ser um desafio na adoção de low-code.

Como a TI pode ajudar a organização a adotar o low-code

Para lidar com os desafios, o low code precisa encontrar a TI.

Isso significa que a TI vai treinar os desenvolvedores das áreas de negócio? Não. É fato que a maioria das empresas não tem um manual para capacitar desenvolvedores que não sejam da área de TI. Esse trabalho fica com as próprias plataformas low-code, que disponibilizam treinamentos. 

À TI cabe atuar na segurança, governança e consistência do que for feito em low code e do que não for, assim como auxiliar esses desenvolvedores, seja em termos do que pode ser feito dentro das áreas de negócio, seja em termos de boas práticas de desenvolvimento. 

Seguem abaixo 8 recomendações práticas para a TI impulsionar a adesão ao low-code e reduzir a sua carga de trabalho sem comprometer a qualidade do parque tecnológico da organização:

  1. Identifique potenciais citizen developers e empodere-os; 
  2. Realize treinamentos e frameworks de desenvolvimento;
  3. Determine quais projetos serão desenvolvidos pela TI e quais serão low-code;
  4. Configure os protocolos padrão de desenvolvimento low-code;
  5. Crie políticas de governança e de segurança;
  6. Garanta a manutenção da consistência e o alinhamento da TI na organização, com a necessidade de integrações entre as áreas envolvidas;
  7. Ofereça as ferramentas adequadas para o trabalho, como a plataforma a adotar; 
  8. suporte em TI às equipes de citizen developer.

Saiba mais: Continuous delivery: como implementar em seus projetos?

Mudanças culturais conduzidas pelo low-code

Como vimos, o low-code, as empresas têm o poder de alavancar o desenvolvimento de aplicativos, acelerando o tempo de entrada no mercado e expandindo os recursos de engenharia além da TI. 

Essa não é apenas uma previsão do mercado. Os CIOs são simpáticos à solução, que pode ajudar a enfrentar desafios do setor.

No entanto, o uso amplo do low-code exigirá repensar como as plataformas são adotadas e estar preparado para enfrentar obstáculos como falta de experiência em código baixo e a ausência de políticas de governança e segurança.

Quando se trata de low code, os CIOs precisam estar preparados para abrir mão do controle e adotar uma mentalidade mais aberta em relação ao desenvolvimento de softwares, a fim de avançar em seus projetos de transformação ágil.

E você, CIO? Está na direção ou na contramão dessa ideia?   

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