Entenda como fazer a sua empresa superar fatores críticos da transformação e atingir a maturidade digital a fim de alcançar resultados tangíveis
Ser uma empresa com maturidade digital significa, basicamente, estar com o processo de transformação digital acelerado, por conta de uma definição clara de estratégia digital, com orçamento direcionado para essa finalidade e treinamento para capacitação de profissionais envolvidos com a operação.
Apesar de dedicarem tempo e capital para se transformarem digitalmente, a maioria das organizações globais não conseguem atingir a maturidade digital. Isso vem acontecendo, de acordo com uma pesquisa da Deloitte, devido a uma série de fatores que influenciam o impulso necessário para uma transformação completa e bem sucedida.
Os dados levantados mostram que, embora os executivos mantenham esse tema em suas agendas de negócios, os esforços não trazem necessariamente os benefícios esperados, e a maioria das organizações continua impulsionando os projetos digitais esperando que eles se tornem produtos ou serviços de impactos tangíveis.
No entanto, o estudo revela que há uma certa confusão sobre o processo de transformação e o que efetivamente quer dizer a empresa atingir a maturidade digital. Segundo a consultoria, para que as iniciativas da mudança impactem de fato nos resultados, a organização precisa usar os dados e a tecnologia para desenvolver continuamente todos os aspectos dos seus modelos de negócios: o que oferece, como interage com seus clientes, a maneira como entrega e o seu modo de operação.
Ou seja, para alcançar a transformação e atingir a maturidade digital ao ponto de aproveitar todos os seus efeitos, a organização deve desenvolver uma ampla gama de ativos e capacidades, que podem ser chamados de impulsionadores digitais.
Ficou interessado em saber quais são esses pivôs e como fazer a sua empresa conquistar a tão desejada maturidade digital?
Neste artigo, vamos mostrar qual o grau de maturidade digital de empresas globais e nacionais, quais são os impulsionadores digitais percorridos pelas organizações globais e o que fazer para atingir a maturidade digital.
Grau de maturidade digital das empresas globais
De acordo com um estudo realizado pela consultoria internacional Bip, o processo de transformação nas grandes empresas globais evolui, mas ainda precisa avançar para chegar na maturidade digital.
O levantamento, realizado com as 50 maiores multinacionais, com faturamento acima de US$10 bilhões e mais de dez anos de presença no mercado, revela que cada setor tem uma jornada de transformação digital própria.
Entre os segmentos mais avançados, em uma escala de 1 a 5, estão o financeiro (média 3), seguido pelo setor elétrico (média 2,9) e de tecnologia (2,8). Na lanterna estão empresas do setor de mineração (pontuação média de 1,9).
Segundo Flávio Menezes, líder da Bip Brasil, empresas com modelos de negócio B2C se viram obrigadas a amadurecer digitalmente para sobreviverem ou melhorarem a experiência para o usuário.
Com a crise econômica global, a transformação digital ganha um outro dinamismo em termos de urgência e, além de promover mudanças, deve apoiar os líderes no ganho de eficiência dos negócios a partir da aplicação de tecnologias.
A maturidade digital no Brasil
De acordo com uma pesquisa da FDC, divulgada pela revista Exame, 36% das empresas brasileiras revelam que já atingiram o grau de maturidade digital, 45% estão no caminho e apenas 18% estão no início do processo de transformação digital.
Diante dos resultados da pesquisa, Paulo Renato de Souza, pesquisador e professor da FDC, chama a atenção para um ponto determinante em relação a maturidade digital das empresas nacionais:
Quem faz a transformação digital são as pessoas e não somente a tecnologia. Por isso a qualificação profissional é tão importante. Vemos claramente que o Brasil não está fazendo dever de casa e não tem investido na qualificação técnica dos profissionais para alcançarmos esse avanço.
Quando se trata das micro e pequenas empresas, um estudo da FGV revela que 66% das MPEs brasileiras estão nos níveis 1 e 2 de maturidade digital, sendo 18% empresas analógicas e 48% emergentes. A média de maturidade digital é de 40,77 pontos, em uma escala que varia de 0 a 100 pontos.
Com uma pontuação média de 47,72 pontos, as empresas demonstraram maior maturidade digital no quesito “Inovar mais rápido” e colaborativamente, o que demonstra que as PMEs estão se abrindo a novas possibilidades e adotando práticas de inovação mais ágeis e colaborativas.
Por outro lado, a pontuação mais baixa das empresas, 35,01, foi no quesito “Estabelecer novas bases de competição”, o que traduz uma dificuldade em se adaptar ao universo on-line e oferecer modelos de negócios mais inovadores e digitais.
O levantamento demonstra ainda que as empresas menores no Brasil estão avançando nas políticas de armazenamento de dados, mas ainda utilizam pouco os serviços de cloud computing e o e-learning como ferramentas de aumento de produtividade. Cibersegurança também é um tema que ainda é pouco abordado pelas MPEs.
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7 pivôs digitais para atingir a maturidade digital
A pesquisa da Deloitte, já mencionada anteriormente, indica que as organizações planejam investir agressivamente no processo de transformação digital nos próximos anos.
No entanto, para atingir a maturidade digital desejada, a ponto de usufruir de todos os benefícios, é preciso mais do que implementar tecnologias, requer uma abrangente e coordenada gama de esforços, que a consultoria relacionou como 7 pivôs:
1. Infraestrutura flexível e segura
Implementar uma infraestrutura de tecnologia que equilibre as necessidades de segurança e privacidade com a capacidade de flexibilizar suas capacidades, de acordo com as demandas do negócio.
2. Domínio de dados
Agregar, ativar e monetizar dados em silos, incorporando-os em produtos, serviços e operações para aumentar a eficiência, o crescimento da receita e o envolvimento do cliente.
3. Redes de talentos abertas e com experiência digital
Retomar programas de treinamento como foco nas competências digitais e nas equipes para acessar rapidamente conjuntos de habilidades sob demanda e flexibilizar a força de trabalho.
4. Engajamento do ecossistema
Trabalhar com parceiros comerciais externos, incluindo organizações de pesquisa e desenvolvimento, incubadoras de tecnologia e startups para obter acesso a recursos como tecnologia, propriedade intelectual ou pessoas.
5. Fluxos de trabalho inteligentes
Implementar e recalibrar continuamente os processos que aproveitam ao máximo os recursos humanos e tecnológicos para produzir resultados positivos e liberar recursos para ações de maior valor.
6. Experiência unificada do cliente
Oferecer uma experiência aprimorada ao usuário, construída em torno de uma visão de 360 graus, compartilhada em toda a empresa, com interações digitais e humanas.
7. Adaptabilidade ao modelo de negócios
Expandir a matriz de modelos de negócios e fluxos de receita da organização, otimizando cada oferta para se adaptar às condições variáveis de mercado e aumentar a receita e a lucratividade.
Analisando as informações apresentadas pelas empresas, a Deloitte constatou ainda que a maturidade digital de uma organização estava relacionada com o escopo de seus esforços em transformação digital.
Ou seja, a maturidade digital aumenta à medida que os pivôs são aplicados em mais funções do negócio. Em média, as empresas mais maduras digitalmente executaram cerca de duas vezes mais aplicações pivôs do que as empresas de menor maturidade digital.
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Implementando e acelerando a maturidade digital
Como vimos, empresas que investem em novas tecnologias e na capacitação de pessoas, a fim de manter suas infraestruturas de TI seguras e flexíveis, aumentam suas chances de atingir a maturidade digital.
Ter uma empresa orientada a dados é um caminho para ter insights e buscar novos modelos de negócios para uma operação mais eficaz. Afinal, usar ferramentas inteligentes para auxiliar na tomada de decisão pode fazer toda a diferença.
Assim como apostar em talentos na área de TI é fundamental para a organização superar os desafios digitais e culturais. Por isso, acessar rapidamente habilidades sob demanda é uma maneira de flexibilizar a força de trabalho da organização com base na necessidade do negócio.
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