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Veja como a RPA na saúde pode otimizar a operação no setor – e ajudar a salvar vidas

A área da saúde viu a necessidade de abraçar a transformação rapidamente, forçada pela pandemia de Covid-19 a olhar de forma muito mais madura para processos que, até então, não ocupavam o centro das atenções. Como exemplo, a prática de telemedicina vinha sendo regida por uma regulamentação de 2002 e era restrita a casos emergenciais e bastante específicos. Mesmo com a pressão constante do setor para melhoria e expansão, esse cenário só veio a mudar em 2020, com o CFM já prevendo o grave potencial de disseminação da doença. 

Efetivamente, esta mudança levou o setor para perto de outros que já haviam adotado ou estavam avançados nessa jornada, trazendo a oportunidade de adotar ainda mais inovações, no intuito de otimizar a rotina dos profissionais. Como é o caso do RPA – Robotic Process Automation, no português, Automação de Processos Robóticos.

Saiba que outras tecnologias podem beneficiar o setor: Saúde 4.0 x Saúde 5.0: o que mudou com o uso de tecnologia no segmento

Para se ter uma ideia de como o RPA é uma forte tendência, o estudo Automation with Intelligence, feito pela Deloitte, constatou que, em 2020, 73% das empresas buscavam a automação em escala, comparado a 58% em 2019. 

Isso não é, de forma alguma, inesperado: as empresas que adotam processos de automação colhem benefícios que incluem maior eficiência operacional, redução de custos, padronização de qualidade, escala e muito mais. Desse modo, não se pode negar que esse tipo de otimização para clínicas, hospitais e empresas do ramo é bastante oportuna.

O que, exatamente, se pode esperar da automação aplicada ao contexto da saúde? Como beneficia os pacientes e ajuda na missão fundamental, que é preservar vidas e o bem estar de todos? Acompanhe em nosso artigo!

RPA na saúde: 4 vantagens para o setor

Além dos ganhos gerais citados na introdução – que praticamente todas as organizações conseguem obter por meio da automação -, existem algumas vantagens específicas do setor, dentre as quais vale destacar as seguintes:

1. Confiabilidade na telemedicina

O atendimento remoto é mais do que simplesmente colocar médico e paciente em uma sala de conferência virtual. É necessário acesso rápido ao histórico do paciente, laudos anteriores já emitidos e exames realizados, para citar apenas alguns exemplos. A integração de todas essas funcionalidades se torna muito mais fácil com sistemas automatizados, desenvolvidos para isso. Além disso, estabilidade do ambiente, recurso de gravação e integração com plataformas em nuvem ajudam a dinamizar o atendimento, visto que a RPA pode extrair dados de um sistema de levar para outro e  pode verificar informações de várias plataformas para identificar problemas.

2. Segurança na manipulação de dados

Com a automação, as chances de manipulação errada de dados de pacientes por falha humana cai drasticamente. Isso é fundamental para a observação da LGPD, além de dar mais segurança para o paciente e blindar a empresa contra as consequências de desrespeito à lei. Ainda vale citar a sempre problemática questão da glosa junto às operadoras de saúde, que traz dores de cabeça a clínicas e hospitais. Com a RPA, os erros no preenchimento de formulários e requisições caem drasticamente, reduzindo as recusas das operadoras e garantindo pagamentos pelos procedimentos realizados.

3. Redução de burocracia

Um problema constante na área não é diretamente relacionado à parte clínica, mas sim à administrativa: autorização de exames e procedimentos. Estes processos são burocráticos, muitas vezes lentos, gerando desconforto e frustração para os usuários. Uma forma eficiente de mitigar esses desafios é por meio da automatização, tirando as avaliações recorrentes de analistas humanos, o que aumenta a consistência das decisões tomadas, reduz a chance de equívocos e reduz significativamente o tempo de liberação. 

Para o usuário, que já está em uma situação aflitiva ao necessitar de assistência médica, isso representa enorme ajuda, elevando muito a qualidade do serviço prestado por operadoras de planos de saúde. Para os médicos, analogamente, isso facilita a organização de seus diagnósticos e a adoção de soluções mais rápidas para o tratamento efetivo de seus pacientes. Ainda no contexto hospitalar, aplicações em RPA ajudam a reduzir filas para triagem, tempo de espera para atendimento e retirada de exames, contribuindo para reduzir o estresse do paciente.

4. Caminho aberto para inovação

A implantação de RPA pode abrir muitos caminhos para mais automação na instituição. Um dos mais interessantes é relacionado ao processamento de dados na modalidade de big data. Ao coletar e analisar dados em grande quantidade, é possível enxergar padrões de comportamento, antever  problemas e realizar um planejamento de ações, investimentos e contingências muito mais preciso. 

Além disso, com o fortalecimento de uma cultura digital e de processos de automação, fica mais fácil e natural pensar em ferramentas mais avançadas, como IA aplicada a diagnósticos, um diferencial que agiliza e torna mais preciso o tratamento.

Estes são apenas alguns exemplos que mostram como a RPA consegue trazer resultados palpáveis e impactos positivos diretos na vida e na saúde de pacientes, mudando para melhor o cenário do setor médico.

Automação na prática: os desafios e aplicações no RPA na saúde

Assim como em outros segmentos, contudo, a implementação de RPA na saúde tem seus desafios. Por ser um mercado que teve sua entrada na era da transformação digital relativamente tardia em relação a outros, ainda se nota a falta de cultura de inovação e digitalização – o que dificulta sua aceitação e sua adoção eficiente.

Outro aspecto que deve ser observado é a possível necessidade de sustentação frequente da ferramenta. Em virtude de regulamentações novas, é preciso considerar a atualização da RPA. Ainda falando dos aspectos técnicos da solução, é importante frisar a falta de opções off-the-shelf 100% adequadas às necessidades da saúde. Isso faz com que seja fundamental realizar a customização das ferramentas para atender esse setor, algo que demanda conhecimento e bom planejamento.

Outro ponto delicado está ligado aos erros de implantação, que podem ocasionar brechas de segurança e vazamento de dados. Com a já citada LGPD em vigor, mas também aumento no volume de ciberataques, a adoção de novas tecnologias deve se dar lado a lado com uma política robusta de segurança de softwares e de dados, para não afetar ganhos operacionais.

Faça um futuro digitalmente saudável

Diante disso, fica clara a necessidade das organizações do setor abraçarem o momento de mudança, investindo não somente em tecnologia, mas também em programas de aculturação, onde cada membro da equipe enxerga seu papel e como ele pode ser melhor desempenhado com a automação. 

Da redução de custos operacionais à maior efetividade de processos, a RPA na saúde é um passo importante para a preservação de vidas e melhoria do bem-estar da sociedade.

Quer conhecer mais sobre este e outros temas ligados à automação e tudo que ela pode fazer para revolucionar seu setor? Confira nossos podcasts e fique por dentro!






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