Entenda como os avanços tecnológicos prometidos pela saúde 5.0 proporcionam ao paciente mais qualidade de vida e autonomia nos tratamentos médicos

A Saúde 4.0 incorporou as tecnologias à medicina, a fim de proporcionar aos pacientes diagnósticos e tratamentos mais rápidos e precisos, com a ajuda de algoritmos inteligentes, a Saúde 5.0 trouxe mais conectividade à saúde, com o uso de inteligência artificial, big data e internet das coisas para criar soluções com foco no bem-estar do paciente.

Na prática, assegura que todas as informações da jornada do paciente sejam partilhadas em larga escala com os envolvidos. E isso incluindo o próprio paciente que pode opinar e expressar suas vontades.

Com isso, a tecnologia é usada para colocar o paciente no centro – de onde ele nunca deve ser tirado – , assumindo um papel de protagonista para, em conjunto com os demais agentes da saúde, definir as melhores práticas, a fim de garantir mais qualidade de vida para si mesmo.

Assim, com um tratamento mais eficaz, sem interesses secundários, um dos maiores benefícios da Saúde 5.0 é a assertividade em todas as etapas de promoção da saúde, proporcionando agilidade, qualidade e segurança de dados.

Mas, até que ponto a Saúde 5.0 veio para preencher as lacunas da Saúde 4.0? Ela realmente trouxe mais assertividade em todas as etapas da promoção da saúde? Conectividade, qualidade e segurança de dados são seus principais benefícios?

Este artigo pretende responder a essas e outras questões relacionadas à nova evolução tecnológica na área da saúde. 

Saúde 4.0 vs. Saúde 5.0: o que muda? 

A principal mudança da evolução tecnológica na área da saúde é a posição do paciente, que na Saúde 5.0 passa a ser protagonista do processo de promoção da sua própria saúde e do seu bem estar.

A Saúde 5.0 não veio para derrubar a Saúde 4.0, muito pelo contrário, veio para dar continuidade a integração de tecnologias já consolidadas no setor.

Nesse cenário, temos um paciente mais conectado às informações que ele precisa e mais seguro das suas escolhas, que passam a ser orientadas por dados muito mais precisos.

Entre os 3 pontos principais da mudança da Saúde 4.0 para a Saúde 5.0, podemos destacar:

1. Mais conectividade

Se na Saúde 4.0, os sistemas eram integrados, a Saúde 5.0 possibilitou conectar diferentes sistemas e dispositivos que permitem monitorar pacientes e orientar profissionais da saúde.

2. Mais qualidade

A vantagem da saúde 5.0 sobre a Saúde 4.0 é que a conectividade proporcionada assegura que as informações sobre o diagnóstico do paciente sejam compartilhadas com todas as partes necessárias para um tratamento mais eficaz.

3. Mais segurança

Com uma maior conectividade, o sistema de segurança precisou ser reforçado e a preocupação com a coleta de dados de acordo com a LGPD e suas aplicações no setor de saúde.

Saúde 5.0 na pandemia da COVID-19

A pandemia da Covid-19 evidenciou para as instituições de saúde a necessidade de ter uma medicina mais estratégica, com atuação estruturada e organizada para a prestação de serviços a distância, com a telemedicina.

Para o Dr. Chao Lung Wen, líder do grupo de pesquisa em telemedicina da USP e reconhecida autoridade no assunto, a telemedicina é irreversível em razão da própria transformação digital da sociedade, que ganhou um impulso extraordinário no momento atual.

Ele acredita que as empresas que fornecem tecnologias, assim como os profissionais que desenvolvem soluções específicas para a saúde, têm muito a contribuir. 

Atualmente, a telemedicina não é uma realidade para a maioria dos brasileiros, pois requer uma série de elementos ainda pouco utilizados no país para o monitoramento remoto, como aparelhos que possam se conectar com a casa das pessoas para aferir condições específicas do paciente. 

No entanto, a ideia da Saúde 5.0 é justamente auxiliar em questões como essa e oferecer às instituições médicas um sistema inteligente e seguro, que cuide da chamada ao paciente, desde o seu agendamento, de forma on-line, até uma consulta simples, sem esforço, proporcionando ao médico o acesso a todos os dados referentes ao cliente em atendimento. 

A coleta de informações a cada momento da interação é um outro ponto relevante da Saúde 5.0 que permitirá ao médico adotar decisões com base em dados sempre atualizados.

O que se precisa para a Saúde 5.0 ser colocada em prática é acelerar o desenvolvimento de novas plataformas que sejam seguras e de fácil utilização, em benefício da instituição e do médico, mas principalmente do paciente.

Afinal, na Saúde 5.0, o foco não é apenas tratar doenças, mas promover a qualidade de vida do paciente com o auxílio da tecnologia.

Confira: 8 aplicações de tecnologias emergentes no combate à pandemia

Tendências de tecnologia na Saúde 5.0

Pautada no conceito de adotar tecnologias baseadas em dados, a favor do bem-estar dos pacientes, como mencionado anteriormente, a Saúde 5.0 visa colocar o ser humano como principal beneficiário da inovação e da transformação digital.

Mas que tecnologias ajudarão as instituições de saúde a fazer isso? Relacionamos, abaixo, 5 tendências de tecnologia na saúde que devem impactar o setor e a população brasileira, nos próximos anos.

1. Digitalização dos processos

Serviços como prontuário eletrônico, prescrição eletrônica, sistemas de gestão médica e softwares para farmácias já são realidade em setores como a radiologia. 

Esse segmento pode servir de modelo para que as demais especialidades médicas modifiquem a sua cultura e insiram a tecnologia em muitas de suas operações.

2. Utilização de data analytics

Os dados podem servir para fazer a análise preditiva de doenças, scores de risco, pré-diagnósticos e probabilidades de ocorrência de sintomas.

Dessa forma, o trabalho para desenvolver e utilizar os recursos de data analytics deve ser realizado em parceria entre médicos e profissionais de TI, que conhecem os sistemas.

3. Unificação de dados

Quanto mais dados os médicos tiverem acesso, melhor, uma vez que poderão fazer estudos mais aprofundados e dar um diagnóstico mais completo aos pacientes. 

Já é possível fazer isso com segurança com o uso de tecnologias como o blockchain.

4. Inteligência artificial

A inteligência artificial vem sendo muito aplicada na medicina e deverá se desenvolver ainda mais, o que pode possibilitar economia ao setor de saúde. 

Afinal, sistemas inteligentes podem fazer a varredura de dados coletados em um exame em uma velocidade 150 vezes maior do que um humano. Isso sem contar a precisão.

5. Realidade virtual e aumentada

Os recursos de realidade virtual e realidade aumentada contribuem para que os estudantes de medicina, por exemplo, possam aprender a executar procedimentos perigosos e delicados, como cirurgias cardíacas, sem colocar em risco o paciente.

Isso é excelente para que erros médicos sejam cada vez menos frequentes.

Segurança das informações na saúde 5.0

Sendo a área da saúde uma das maiores geradoras de informações sensíveis e confidenciais, o cuidado no manuseio e disponibilização desses dados é imprescindível. 

Por isso, ao existir conectividade com uma grande quantidade de compartilhamento de informações, é natural que haja também uma preocupação sobre a segurança de todos esses dados. 

Neste sentido, as instituições de saúde devem se preparar e se organizar para gerenciar não apenas o volume destas informações, mas também a granularidade dos dados.

E isso, até mesmo, pensando em estar em conformidade à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que  deve ser minuciosamente analisada e cumprida pelas instituições no recolhimento dos dados, deixando claras as regras de compartilhamento, bem como seu propósito.

Hoje já é realidade, em instituições médicas brasileiras, que uma série de informações estejam seguras, por meio de dispositivos com inteligência artificial.

Afinal, a tecnologia pode criar brechas, mas também é aliada na proteção. Possibilita que dados sensíveis pessoais de pacientes possam circular em ambientes criptografados e apenas para fins médicos, assegurando a privacidade e a segurança das informações.

Hoje já é realidade, em instituições médicas brasileiras, que uma série de informações estejam seguras, por meio de dispositivos com inteligência artificial, como a visão computacional, que na área da saúde é aplicada em:

• Detecção de doenças por reconhecimento de imagens; 
• Realização de diagnósticos mais precisos substituindo raio x; 
• Aferição de temperatura corpórea através de câmeras de monitoramento; 
• Realização de procedimentos cirúrgicos mais precisos, rápidos e seguros.  

Inclusive, durante a atual pandemia do novo coronavírus, pode-se observar que a disponibilidade de dados foi essencial para o enfrentamento à doença.

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Saúde 5.0: jornada de transformação digital

As tendências globais de tecnologia na saúde avançam em ritmo acelerado. E, cada vez mais, devem modificar a forma como é pensado o cuidado com o ser humano.

O conceito de Saúde 5.0 faz isso provendo os profissionais de tecnologia sem excluir o fator ligado ao olhar humano. Assim, ela oferece mais segurança aos profissionais e proporciona uma melhor experiência ao paciente, aliando personalização à eficiência.

Estabelecimentos de saúde que iniciarem os investimentos em um modelo de Saúde 5.0 mais cedo, portanto, terão mais facilidade em conquistar resultados positivos no futuro, uma vez que serão capazes de se diferenciar e ganhar a preferência dos usuários.

Para investir em soluções de TI focadas no setor da saúde, agende uma conversa com um consultor especializado e veja todas as possibilidades de ter tecnologias aplicadas ao seu estabelecimento, a fim de estar preparado e equipado para as inovações da medicina.