Entenda por que as soluções de automação inteligente são tão relevantes para a indústria de energia e como adotá-las

Desde a rede elétrica até o consumidor final, as tecnologias de automação vêm se fazendo cada vez mais presentes no mercado de energia. 

Com a intenção de otimizar processos operacionais e oferecer uma experiência envolvente aos consumidores, o setor de energia e a automação têm caminhado juntos, principalmente com interações entre RPA e inteligência artificial.

Tecnologias como automação e inteligência artificial serão fundamentais para capitalizar os objetivos que o setor busca, como a descentralização, descarbonização e inovação. Mas será que as organizações estão preparadas para ter sucesso com essas mudanças?

De acordo com o último levantamento do Capgemini Research Institute, sobre Automação Inteligente em Energia e Utilidades, apenas 15% das organizações de energia e utilidades foram capazes de implantar vários casos de uso em escala.

Outros dados mostram que o setor tem potencial de automação inteligente mas comparado com outros setores, a indústria de energia enfrenta ventos contrários ao tentar escalar iniciativas de automação. Quase metade dos entrevistados subestimam os benefícios que derivam de suas iniciativas com automação.

No entanto, a pesquisa indica que o setor pode economizar entre US$ 237 bilhões e US$ 813 bilhões com automação inteligente em escala. 

E a sua empresa de energia, está preparada para a automação?

Neste post, vamos abordar quais as vantagens que a indústria de energia pode tirar da automação, os principais desafios das organizações ao adotar essa tecnologia e como iniciar a automação inteligente no setor energético.

Energia e automação: quais as vantagens que o segmento pode tirar dessa tecnologia?

Ao que tudo indica, a automação irá alterar a maneira como as empresas trabalham hoje e essa tecnologia passará a ser uma das prioridades dos líderes empresariais.

Segundo revela uma pesquisa da Mckinsey, 50% do trabalho realizado hoje já pode ser automatizado com a tecnologia disponível. No entanto, as empresas do setor de indústria pesada, como energia, mineração, serviços públicos e manufatura, tendem a lutar para definir aspirações ousadas, desenvolver casos de negócios robustos e conceber abordagens de implantação eficazes para tirar proveito da automação. 

E, embora uma série de iniciativas de automação no setor sejam direcionadas a processos físicos que aumentam a eficiência das operações do local, a pesquisa indica que os processos essenciais não físicos têm maior potencial de automação.

As tecnologias de automação têm o potencial de aumentar a precisão do trabalho, reduzir a intensidade de esforço e tempo dos profissionais e ainda realizar novas análises, possibilitadas pela capacidade de processar e conectar conjuntos de dados complexos.

Utilizada por muitas empresas de diferentes segmentos que têm o foco na agilidade e geração de valor para o cliente, a automação pode ser utilizada no setor de energia para permitir as mudanças que tanto se almejam, isto é, força operacional e competitividade nos custos para o fornecedor.

Abraçar com ousadia tecnologias disruptivas como a automatização robótica de processos  e a IA pode trazer inúmeras vantagens para as empresas do setor energético. Afinal, a automação tem o poder de redefinir a indústria de energia e oferecer uma experiência mais engajada aos consumidores, com benefícios de custo para os clientes e para a empresa.

De acordo com o estudo da Capgemini, já mencionado anteriormente, as principais vantagens do uso da automação no setor de energia e utilidades, segundo os entrevistados, são:

• Aumento das operações;
• Dados melhorados (exatidão e consistência);
• Mão de obra melhorada;
• Aumento de pessoal;
• Resposta mais rápida;
• Menos recursos;
• Operação melhor e mais rápida;
• Operacional acionável.

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Quais os desafios das organizações nessa jornada?

Os principais desafios na implantação da automação inteligente entre as organizações do setor de energia, citados pelo levantamento do Capgemini Research Institute, podem ser classificados em dois grupos:

Desafios relacionados com talentos

• Esforços limitados para requalificação para os funcionários (44 a 47%);
• Dificuldade em reter funcionários qualificados (39 a 42%);
• Resistência dos funcionários ao aprendizado de novas habilidades (40 a 41%);
• Falta de conscientização tecnológica em nível de alta gestão (39%);
• Falta de  consciência tecnológica  em nível de gestão média (39 a 40%);
• Resistência interna à mudança devido ao medo de perder o emprego (37 a 42%);
• Falta de coordenação em diferentes unidades de negócios humanos (37 a 39%).

Desafios relacionados aos negócios

• Falta de compromisso da liderança (31 a 35%);
• Ethos organizacional não permite experimentar tecnologia para substituir (31 a 34%).

Para superar alguns desses desafios, a pesquisa indica que empresas podem combinar abordagens tradicionais, como gerenciamento de demanda, que envolve a otimização de processos e requisitos, com ferramentas de automação, como RPA e ferramentas de fluxo de trabalho, para promover a automação e transferências mais contínuas entre os trabalhadores. O levantamento entende que essa transformação não é um projeto tecnológico, mas uma revisão da maneira como o trabalho é feito.

Além disso, para que as transformações de automação sejam sustentáveis, elas não podem ser isoladas no nível do projeto. Assim, as empresas que obtêm sucesso em realizar transformações em escala investem na construção de recursos internos que podem resistir às rápidas mudanças tecnológicas e permitir agilidade nas operações do dia a dia.

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Como iniciar a automação no setor energético

Segundo revela a pesquisa da Capgemini, o caminho para escalar a automação inteligente, recomendada a partir das melhores práticas são:

1. Adote uma abordagem pragmática e avalie os casos de uso

Casos viáveis do uso de automação inteligente oferecem às lideranças uma  compreensão  clara de como as tecnologias se encaixam com a estratégia de negócios, competências  e capacidades técnicas dos profissionais.

2. Otimize os processos antes de tentar escalar

É essencial que as organizações tenham uma forte compreensão do processo de reengenharia e dos impactos na força de trabalho que a automação irá gerar antes de prosseguir para escalar. Soluções de ajuste para estruturas existentes poderão levar a consequências indesejáveis e ganhos não tão relevantes.  

3. Coloque ênfase na tecnologia inovadora e garanta recursos suficientes

Ao focar em tecnologias como análise avançada e deep learning em funções principais,  você pode fornecer benefícios superdimensionados à organização.

4. Centralize execução, governança e liderança

Contar com uma equipe dedicada, juntamente com profissionais multifuncionais, a partir de áreas de aplicação, pode permitir que você crie e sustente projetos sustentáveis.  

5. Concentre a força de trabalho existente garantindo a gestão de mudanças

Um  programa  abrangente de upskilling não só lhe dará o pool de talentos viável que você precisa para execução, mas também ajudará com uma das áreas mais desafiadoras para qualquer transformação digital – a cultura.

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O futuro da automação inteligente em energia

Como vimos, a automação na indústria de energia gera um grande impacto para as empresas do setor e, apesar das organizações estarem subestimando essa tecnologia, a tendência é que seu uso cresça ainda mais no futuro. 

Para atender a um consumidor exigente, que espera preços justos de eletricidade e maior acessibilidade, empresas do setor estão utilizando tecnologias de automação para encontrar novas maneiras de melhorar os processos de negócios e criar experiências envolventes e positivas para o cliente.

Contar com profissionais qualificados e experientes que possam auxiliar nesse processo de transformação digital é fundamental para uma jornada sólida e segura.

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