Descubra por que a cloud é o alicerce da transformação digital na saúde, o que já está sendo feito e quais os desafios a serem superados na migração

A pandemia forçou a transformação digital na saúde, que não hesitou ante o dilema de uma adaptação às pressas à nova realidade ou a limitação de sua capacidade de atender. Com isso, o setor também viu quão amplo é o espectro de possibilidades para a utilização de tecnologias no atendimento hospitalar e que ele pode, sim, levar a um incremento em  qualidade, rapidez e segurança.

Nada muito diferente de outros setores. A transformação digital vem, há duas décadas, alavancando as experiências digitais. De acordo relatório da IDC, “apesar de uma pandemia global, o investimento em transformação digital direta (DX) ainda está crescendo a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 15,5% de 2020 a 2023 e deve se aproximar de US$ 6,8 trilhões à medida que as empresas desenvolvem estratégias existentes e investimentos, tornando-se empresas do futuro em escala digital”.

Só que na base disso, para que as soluções da saúde atinjam seu máximo potencial e sejam amplamente viabilizadas, uma tecnologia tem sido a condição: a cloud computing. A necessidade é tão ampla que pesquisa da BCC revelou que o mercado mundial de computação em nuvem para a área da saúde deve atingir US $35 bilhões até 2022, com uma taxa de crescimento anual de 11,6%. 

Qual o porquê disso? Neste artigo, vamos explorar como a transformação digital está se moldando no setor de saúde, o motivo da cloud ser seu alicerce e os desafios a serem superados por quem está pensando em adotar.

Como a transformação digital na saúde está se moldando?

A transformação digital na saúde busca integrar tecnologia para revolucionar a gestão administrativa, reduzindo custos e oferecendo um atendimento de alta qualidade, visando a prevenção de doenças e o monitoramento remoto de pacientes. E a chave para que o setor consiga alcançar esses objetivos são os dados.

Uma pesquisa divulgada pela Healthcare revelou que 73% dos gestores da área da saúde entrevistados classificaram em primeiro lugar as ferramentas de gerenciamento e análise de dados como as mais importantes para alcançar seus resultados estratégicos. Eles visam substituir prontuários, receitas e exames de imagem físicos por documentos eletrônicos, trazendo mais agilidade para os atendimentos, organização interna e integração de informações. 

Além disso, com o isolamento social, a necessidade de realizar atendimentos remotos alavancou a busca por soluções que a transformação digital viabiliza, como a telemedicina e acompanhamento das condições físicas dos pacientes por meio de dispositivos vestíveis (wearables). Esse tipo de solução gera uma quantidade massiva de dados, que podem ser utilizados para oferecer diagnósticos mais precisos e tratamentos preventivos de saúde.

Portanto, o grande salto tecnológico da medicina não se relaciona exclusivamente com tratamentos mais avançados, mas com a melhoria da alocação de recursos e da tomada de decisão dos gestores.

Para garantir o armazenamento e análise qualitativa de vultosos dados provindos de diversas fontes e lugares é necessário estar munido de uma infraestrutura robusta e, ao mesmo tempo, resiliente. Na próxima seção, explicaremos por que a cloud computing é a opção certa para isso.

Por que a cloud é o alicerce da transformação digital na saúde

A cloud computing faz parte da lista das principais tendências tecnológicas para 2021 do Gartner. Mas por que ela é tão importante para o setor da saúde?

Não há apenas um motivo para isso. Algumas razões estão relacionadas diretamente à tecnologia e outras são potenciais, ligadas ao sucesso da abordagem e da gestão. 

Dentre os benefícios imediatos de quem usa cloud, citamos:

1. Cloud e a melhora do atendimento

A cloud ajuda a manter os sistemas sempre acessíveis mesmo à distância, permitindo que médicos e enfermeiros ganhem agilidade na prestação de serviços. 

Assim, permite que a equipe hospitalar acesse as informações provenientes de dispositivos vestíveis e consiga acompanhar qualquer mudança em tempo real.

2. Capacidade de TI aumentada

Além disso, aumenta a capacidade de infraestrutura de TI. Isso porque a solução permite transformar data centers em modelos digitais, ficando a cargo do provedor de ambiente a responsabilidade do gerenciamento, liberando a equipe interna para focar no core business da organização hospitalar e buscar inovações relevantes para a área, que permitam otimizar as operações médico-hospitalares.

3. Segurança e privacidade de dados

Clínicas e hospitais lidam com informações altamente sigilosas. A cloud facilita a estratégia de segurança de dados uma vez que é customizável e modular, sendo mais fácil criar mecanismos de blindagem para documentos e dados mais sensíveis. Com isso, ela proporciona um nível de segurança maior do que o que a próprias organização consegue alcançar sozinha.

Saiba mais: Segurança na cloud: sua organização corre algum risco?

4. Escalabilidade e elasticidade

Com a cloud é possível dimensionar de forma proporcional a estrutura de TI adequada para a quantidade de demandas. Ou seja, elimina-se o risco de investir em uma estrutura que fique ociosa ou em uma que não comporte as necessidades. Com a cloud é possível montar as aplicações acompanhando o ritmo de crescimento da organização.

5. Inovação

Cloud computing não é apenas uma plataforma de armazenamento e hospedagem de dados, ela permite que sejam desenvolvidas aplicações personalizadas além de monitoramento de sistemas e outros. Além disso, muitas tecnologias emergentes precisam da cloud para rodar com a confiança necessária.

Quais os desafios o setor vai enfrentar na migração?

Para colher todos os benefícios da cloud computing as organizações terão que lidar com alguns desafios. Para enfrentá-los com mais tranquilidade, pontuamos alguns dos principais pontos de atenção para levar em consideração no momento da migração.

1. Alocação de recursos

Duas das principais vantagens da cloud computing são sua elasticidade e escalabilidade, mas, junto com elas, surge um desafio: o endereçamento adequado das soluções. O que acontece é que em alguns casos a organização perde o foco da eficiência e faz mau uso das aplicações em nuvem. A liberdade de moldar aplicações será um problema nas mãos de uma equipe que não possui conhecimento.

A solução aqui é contar com um bom planejamento desde o início do processo para garantir que a arquitetura de serviços em cloud atenda as reais necessidades da organização.

Leia mais: Como monitorar gastos com cloud?

2. Qualidade da internet

Parece básico, mas é essencial. Muitas empresas perdem a oportunidade de explorar o máximo potencial da cloud porque não contam com uma rede de internet de qualidade. É preciso dar a devida atenção à estrutura de rede para evitar desconexão e instabilidade de sistemas. 

3. Segurança de dados

A segurança de dados é imprescindível para qualquer segmento, especialmente o da saúde. Para evitar qualquer problema nesse sentido, aposte no estudo das leis e monte sua estrutura desde o início respeitando tais regulamentações. A equipe de TI deve ser munida de softwares atualizados, conhecimentos específicos sobre proteção de dados e controles de acesso.

Uma outra dica é entender primeiramente qual tipo de cloud computing será adequado para a organização, pois isso interfere diretamente na hora de escolher os sistemas de proteção de dados.

Cloud computing: tecnologia para empoderar a gestão hospitalar

A transformação digital na saúde busca quebrar diversos paradigmas do modelo tradicional de atendimento e incorporar tecnologia para empoderar a gestão hospitalar. A cloud computing tem se destacado como uma das principais tecnologias para viabilizar esses objetivos.

Para ter sucesso na sua jornada cloud é essencial conhecer o passo a passo para realizar a migração e aproveitar o potencial máximo que essa tecnologia pode proporcionar. 

Para isso, acesso o infográfico com os 10 passos para uma jornada eficiente.